Dia Mundial do Diabetes: Alimentação e exercício físico são fundamentais para evitar o avanço da doença

Hoje é o Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, oportunidade de aumentar a conscientização sobre como melhorar a prevenção, diagnóstico e cuidados, além de informar sobre o reflexo do diabetes na saúde e mortalidade da população. O Brasil é o sexto país em prevalência de diabetes mellitus (DM) no mundo, com 15,7 milhões de doentes com idade entre 20 e 79 anos, ficando atrás da China, Índia, Estados Unidos, Paquistão e Indonésia (IFD, 2021).

Em Santa Catarina, estima-se que mais de 400 mil pessoas convivam com a doença. A Secretaria de Estado da Saúde fornece medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF) para 18.939 pacientes. Em 2023 foram registrados 4.220 óbitos por diabetes mellitus no Estado.

De acordo com o Coordenador da Divisão de Endocrinologia Pediátrica do Hospital Infantil Joana de Gusmão, Paulo César Alves da Silva, o tratamento de Diabetes Mellitus é realizado com três pilares: alimentação, exercício físico e insulinização ou medicamentos orais.

“Contagem de carboidrato deve ser implementada para a estratégia de insulinização. As refeições e os lanches devem ser planejados, principalmente para as crianças e adolescentes. Há algumas dificuldades no controle de crianças diabéticas nas escolas, o que requer entendimento (inclusive da doença) por parte da Direção e Professores”, destaca Dr. Paulo.

A doença

Diabetes é uma doença causada pela ação ou produção insuficientes de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. O hormônio insulina tem a função de promover a entrada da molécula de glicose nas células, onde será metabolizada e transformada em energia para manutenção do nosso organismo.

O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.

Prevenção

A melhor forma de prevenir é com estilo de vida saudável. Praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável e controlar o peso corporal são comportamentos essenciais que evitam não apenas o diabetes, mas outras doenças crônicas, como o câncer.

Tipos de diabetes

O diabetes tipo 1 (DM1) aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também, neste caso pode ser chamado de Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA). Neste tipo, ocorre uma deficiência na produção de insulina pelas células do pâncreas responsáveis por este hormônio. A DM1 exige o uso de insulina como tratamento. Nestes pacientes, se faz necessário administrar o hormônio diariamente para adequar a quantidade de glicose no sangue. A causa do tipo 1 pode ser autoimune, quando anticorpos do próprio orgarnismo atacam as células pancreáticas ou idiopáticas (desconhecida).

O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. A causa é multifatorial e está diretamente relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, e hábitos alimentares inadequados. Outros fatores de risco são: idade avançada, história familiar de diabetes e, em mulheres, história de síndrome de ovários policísticos ou de diabetes gestacional ou de bebês que nasceram com mais de 4 kg. Muitas vezes o diabetes tipo 2 é acompanhado de outras doenças que compõem a síndrome metabólica, como hipertensão arterial, sobrepeso ou obesidade e alteração de colesterol e triglicerídios.

Assim, é fundamental manter acompanhamento médico para tratar, também, dessas outras doenças, que podem aparecer junto com o diabetes.

Há ainda o diabetes gestacional, que ocorre temporariamente durante a gravidez. Nestes casos, as taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas sem diagnóstico prévio de diabetes. Por isso, toda gestante deve fazer o exame de diabetes, regularmente, durante o pré-natal, a ser solicitado pelo obstetra. Mulheres com a doença têm maior risco de complicações durante a gravidez e o parto.

Esse tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica em risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes e síndrome metabólica para a mãe e o bebê.
O diabetes mellitus pode se apresentar de diversas formas e possui diversos tipos diferentes. Independente do tipo de diabetes, com aparecimento de qualquer sintoma, é fundamental que o paciente procure o atendimento médico especializado para dar início ao tratamento.

Fique atento

Os principais sintomas do diabetes são fome, sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia, sendo mais frequentes no diabetes tipo 1, e nem sempre presentes no tipo 2.

Veja outros sintomas possíveis:

· Perda de peso;
· Fraqueza;
· Fadiga;
· Mudanças de humor;
· Náusea e vômito;
· Formigamento nos pés e mãos;
· Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
· Feridas que demoram para cicatrizar;
· Visão embaçada.

Fonte: Governo SC

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