Até dia 20, próxima quarta-feira, no Museu da Imagem e do Som, do Centro Integrado de Cultura, ocorrerá a exposição fotográfica “Pesca Essa: Herança e Identidade Cultural da Escola da Costa da Lagoa”. A visitação pública pode ser feita das 10h às 21h.
A mostra é uma parceria entre o projeto de extensão Jornalismo e Ação Comunitária (JAC), do curso de jornalismo da UFSC, com a Escola Básica Municipal Costa da Lagoa. A iniciativa traz registros da história da unidade educativa e seu boi de mamão, assim como as transformações do local, que mantém os elementos culturais da região.
Quem comparecer ao Centro Integrado de Cultura poderá assistir ao documentário “Vem Cá Meu Boi! A Costa da Lagoa e seu Boi de Mamão, que conta sobre essa tradição na comunidade. O material foi produzido pelos estudantes do 3º e 4º anos da EBM Costa da Lagoa com apoio do JAC.
Para viabilizar o documentário, o JAC ofereceu oficinas de entrevista, manuseio de câmera e enquadramento. Desta forma, as crianças conseguiram participar de todo o projeto, escolhendo o formato, tema, seleção de fontes, roteiro, entrevistas e até utilizaram os equipamentos para gravação.
A instituição possui quatro salas de aula que atendem turmas de educação infantil e do ensino fundamental do primeiro ao quarto ano, somando 84 estudantes da Costa da Lagoa, Rio Vermelho e Barra da Lagoa, todos em período integral.
A família Conceição foi quem doou o terreno para a construção dessa escola, erguida em 1969. No início, ela se chamava Escola Reunida Costa da Lagoa, pois as turmas eram reunidas na mesma sala. Depois, as turmas foram desdobradas e o nome passou a ser Escola Desdobrada Costa da Lagoa. Recentemente, a escola passou a ser chamada de EBM Costa da Lagoa.
A cultura local, como a pesca, rendeiras, ratoeira e o boi de mamão sempre fizeram parte do dia a dia da escola, assim como a natureza. Por volta de 1990, foi criado o hino da escola, que fala sobre os cuidados, benefícios e belezas da Lagoa.
O primeiro boi de mamão da unidade educativa foi construído pela professora de educação física, Rose dos Santos Bello. Os personagens da brincadeira ficavam guardados na casa dela. No ano de 1999, a escola fez um mutirão para construir um espaço para as peças da manifestação folclórica.