A inauguração do novo terminal logístico da aduana de Dionísio Cerqueira vai impulsionar a economia do Extremo Oeste catarinense. “Marca um novo ciclo de desenvolvimento, de geração de oportunidades, emprego e renda”, avalia o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro De Nadal (MDB), autor da lei que garantiu a exclusividade para vantagens tributárias aos produtos vindos do Mercosul por via rodoviária, importados por Santa Catarina e que devem ingressar por essa fronteira seca – sendo a única exceção os vindos do Uruguai, pela questão de distância.
“O novo porto seco vai transformar a região. Representa agilidade no desembaraço de cargas, vai movimentar a economia, e coloca Dionísio Cerqueira como a ligação oficial do Mercosul com Santa Catarina por via rodoviária”, reforça o prefeito do município Thyago Gnoatto (MDB).
“Uma obra com essa qualidade é estruturante, vai garantir crescimento econômico, desenvolvimento, gerar emprego. Acaba com aquela agonia de não termos estrutura adequada na aduana”, elogia o governador Jorginho Mello (PL), valorizando o investimento de R$ 50 milhões feito no terminal alfandegário pela empresa Multilog, que fará os despachos aduaneiros.
Histórico
As tratativas para dinamizar o terminal fronteiriço iniciaram em 2019, com uma grande mobilização da comunidade de Dionísio Cerqueira, que contou desde o primeiro momento com o deputado Mauro De Nadal. Ele iniciou tratativas com a secretaria da Fazenda, para discutir a valorização do porto seco, sugerindo mudar a legislação alfandegária para importação de produtos do Mercosul.
A proposta evoluiu com um projeto de lei, que assegurava vantagens tributárias para a entrada de produtos por via rodoviária somente em caso de desembaraços fronteiriços feitos em terminal catarinense – caso de Dionísio Cerqueira. A lei 17.762/19 foi sancionada, mas a pandemia da Covid-19 e o processo de licitação para exploração do novo terminal de cargas, junto ao Ministério da Fazenda do governo federal fizeram com que o andamento fosse um pouco retardado.
Realidade
Agora, com a empresa Multilog operando o moderno terminal com 50 mil metros quadrados, com galpões para cargas, câmara fria, scanner para fiscalização de mercadorias, ampla área de estacionamento, inclusive para cargas perigosas, a aduana deverá ter seu movimento multiplicado.
O novo porto seco passa a operar em janeiro, e a expectativa é que o movimento na fronteira passe de 90 para até 700 caminhões dia, especialmente no período de entrada da safra de milho vindo do Paraguai para abastecer a agroindústria de Santa Catarina.
A geração de empregos diretos é de 50 postos, mas os reflexos na economia de Dionísio Cerqueira e municípios da região são muito mais amplos. O movimento de restaurantes, hotéis, postos de abastecimento de combustíveis e o comércio em geral terá grande impulso.
A importação de produtos por Dionísio Cerqueira representava 0,28% do movimento de cargas que entram em Santa Catarina. O movimento de importações rodoviárias, porém, já representava 6,8% do total de cargas vindas do Mercosul para o estado, e, agora, a maior parte desse volume vai ingressar por Dionísio Cerqueira.
Fonte: Agência ALESC – Gabinetes