Com 10% de domicílios de uso ocasional, SC tem o maior percentual de domicílios turísticos do país

Foto: Julio Cavalheiro / Arquivo / Secom

Santa Catarina possui o maior percentual de domicílios de uso ocasional do Brasil, concentrados especialmente na faixa litorânea, que contempla aqueles de veraneio. O índice catarinense foi de 10,3%, ante a média nacional de 7,4%. Em termos absolutos, o estado apresenta o 5º maior número, com 358,6 mil desses domicílios, atrás de São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Dos 20 municípios com maior crescimento de domicílios de uso ocasional do país comparado com 2010, 11 estão na região Sul e três deles são catarinenses: Jaguaruna possui o 5º maior percentual, com 63,7% de seus domicílios como uso ocasional; Balneário Rincão aparece na 12ª posição, com 58,8%, e Balneário Arroio do Silva em 17º, com 55,8%.

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Já em termos de Concentrações Urbanas, agrupamentos de municípios com mais de 100 mil habitantes, os maiores percentuais são os de Itajaí/Balneário Camboriú, com 17,6%; Tubarão/Laguna, com 11,7% e Florianópolis com 10,8%.

Por outro lado, o estado apresenta também o menor percentual de domicílios vagos do país, 8,8% dos domicílios particulares permanentes. Em relação a 2010, o número de domicílios vagos cresceu 53%. No Brasil, o percentual de domicílios vagos foi de 12,6%, com um acréscimo de 87% em relação ao último Censo.

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Os recenseadores visitaram 3,47 milhões de domicílios catarinenses, um crescimento de 43% comparado aos 2,43 milhões de recenseados em 2010. Com 114,3% de domicílios a mais que em 2010, Passo de Torres, no sul do estado, foi destaque nacional como 15º município que mais cresceu em percentual de domicílios do país, de 4,5 mil para 9,7 mil.

Do total de domicílios catarinenses recenseados, havia 1.315 domicílios improvisados, como são classificadas as unidades não-residenciais (lojas, fábricas) ou com dependências não destinadas à moradia, que na data de referência estavam ocupadas por um morador, como prédios em construção, tendas, barracas, etc. O estado possui o menor percentual deste índice do país (0,03% de seus domicílios), número que representa 2% dos 66 mil domicílios improvisados recenseados no Brasil. Já do total de domicílios permanentes, 2,8 milhões estavam ocupados, com pessoas residentes, e 663 mil não ocupados.

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O crescimento de domicílios permanentes ocupados foi de 40,8%, e o de não ocupados, de 55%. Nacionalmente, os ocupados aumentaram 26% e os não ocupados, 80%. A média de moradores por domicílio catarinense caiu de 3,1 para 2,7, próximo ao índice nacional que caiu de 3,3 para 2,8.

País tem 90 milhões de domicílios, 34% a mais que em 2010

Em 2022, havia 90,7 milhões de domicílios no país, um aumento de 34% frente ao Censo 2010, quando existiam 67,5 milhões. Dos recenseados em 2022, 90,5 milhões eram domicílios particulares permanentes e 72,4 milhões estavam ocupados durante a operação censitária, um aumento de 26% no mesmo período. Os domicílios improvisados somaram 66 mil e os coletivos, 105 mil. Os dados divulgados hoje (28) pelo IBGE fazem parte dos primeiros resultados do Censo Demográfico 2022.

Esse aumento no total de domicílios do país está relacionado ao crescimento expressivo de duas categorias: os vagos e os de uso ocasional. Quando considerados os domicílios particulares permanentes não ocupados, em que há a soma dos dois tipos, o aumento foi de 80%, chegando a 18 milhões em 2022. Os domicílios particulares vagos aumentaram 87%, chegando a 11,4 milhões, enquanto os de uso ocasional cresceram 70% em 12 anos, totalizando 6,7 milhões. Os três municípios com maior percentual de domicílios vagos são nordestinos: São João do Jaguaribe, no Ceará (29,1%), Canavieira, no Piauí (28,1%) e Bom Sucesso, na Paraíba (27,2%).

“Os domicílios vagos são aqueles em que não há ninguém morando. Já os de uso ocasional são aqueles que são ocupados parte do tempo, como os de veraneio. De 2010 para cá, o aumento de domicílios ocupados foi maior, em números absolutos, mas em termos de proporção, os não ocupados tiveram um ganho maior no período”, afirma o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.

Acesso à publicação e resultados

Todos os dados fazem parte dos Primeiros Resultados do Censo 2022, que estarão disponíveis no hotsite censo2022.ibge.gov.br, em tabelas na plataforma do Sidra e na Plataforma Geográfica Interativa – PGI, em mapa interativo para pesquisadores e usuários com perfil mais técnico, permitindo diferentes combinações e acessos mais específicos. A publicação contempla um conjunto de informações básicas com os totais populacionais e de domicílios no país e informações derivadas como média de moradores por domicílio e densidade demográfica, em diferentes níveis geográficos e recortes: Grandes Regiões, Unidades da Federação, Concentrações Urbanas com mais de 100 mil habitantes e Municípios. A média de não resposta ao Censo no estado foi de 3,24%, abaixo da nacional de 4,23%, e a de recusa de 0,82%, também abaixo do índice nacional de 1,38%.

Fonte: Governo SC

Redação SC Hoje
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