A deputada Luciane Carminatti (PT) frisou nesta terça-feira (29), na sessão plenária da Alesc, que na lista do presidente da República, que já inclui desumanidade, incompetência, desmonte das políticas públicas, ataques aos direitos do povo, fake news, também está inscrita, com letras garrafais, a corrupção.
“Além da dor, das perdas de 514 mil brasileiros e brasileiras que não estão mais entre nós, agora somos tomados por um desejo de justiça, e em dose dupla. Justiça contra o descaso de um governante que negligenciou a vacina para o seu povo, o que poderia ter evitado milhares de mortes, e justiça também contra esse escândalo de corrupção que veio à tona com a denúncia de compra superfaturada da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde”, disse.
A deputada referiu-se à denúncia de que o governo Bolsonaro queria comprar a vacina Covaxin com 1.000% de superfaturamento, 10 vezes mais cara do que a Pfizer, feita por um deputado da própria base de apoio ao governo.
“O deputado Luís Miranda declarou ter avisado Jair Bolsonaro pessoalmente sobre o escândalo em um encontro pessoal no dia 20 de março, e que encaminhou áudios e mensagens a assessores do presidente relatando que seu irmão, Luís Carlos Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, estava sofrendo pressão para assinar o contrato de compra da vacina indiana.”
Segundo Luciane, a CPI da Covid está comprovando as denúncias: “514 mil mortos e essa gente superfaturando vacina, lucrando com a dor do povo.” Ela acrescentou que estas não são as primeiras denúncias graves de corrupção envolvendo Bolsonaro. “O Brasil já acumula o caso dos funcionários fantasmas, das rachadinhas, do Queiroz e do envolvimento do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com esquema de contrabando de madeira extraída ilegalmente da Amazônia.”
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