FOTO: Vicente Schmitt/Agência AL
A Assembleia Legislativa foi palco na noite desta sexta-feira (21), Dia Nacional da Imigração Italiana no Brasil, de uma solenidade que reuniu italianos e descendentes de italianos da província de Belluno, situada no norte da Itália. A Associazione Bellunesi Nel Mondo — Famiglia Florianópolis, entidade que congrega na região da capital catarinense os ítalo-brasileiros cujos familiares vieram de Belluno, recebeu o seu ganfalone (estandarte).
Durante o evento, também ocorreu o lançamento de um livro sobre Santo Antônio de Pádua, em comemoração aos 150 anos do início da imigração italiana para Santa Catarina, com a presença do autor, o historiador italiano Nicola Vegro. Tanto a entrega do estandarte, quanto o lançamento da obra foram iniciativa da Frente Parlamentar Santa Catarina-Itália na Alesc.
O ganfalone é o reconhecimento da Associazione Bellunesi Nel Mondo à entidade florianopolitana, criada recentemente. O ato contou com a presença do presidente mundial da associação, Oscar De Bona, e de autoridades de Belluno, como a prefeita da cidade de Vigo de Cadore, Silvia Calligaro.
“Fundamos a associação em Florianópolis no ano passado e estamos identificando as pessoas cujos familiares têm origem em Belluno. Pretendemos integrar esse grupo de belunenses para honrar nossos imigrantes que vieram para cá e com muito orgulho ajudaram a construir esse estado”, afirmou o presidente da associação florianopolitana, Edson Biazussi.
De acordo com o presidente mundial da associação, Santa Catarina já conta com 24 representações belunenses, além de 20 cidades catarinenses que tem parcerias com cidades da província italiana.
“Temos vários projetos de intercâmbio com essas cidades, na área da educação, da gastronomia”, disse De Bona. “Teremos mais duas associações aqui em Santa Catarina e isso só fortalece a nossa presença.”
Santo Antônio
A solenidade foi concluída com a sessão de autógrafos do livro “Antônio Secreto – A Força de um Santo”. A obra de Nicola Vegro é um romance histórico que retrata a vida de Santo Antônio, desde seu nascimento, em Lisboa, até sua morte, em Pádua, na Itália, aos 36 anos, no século XIII.
“A palavra ‘secreto’ é porque muitos conhecem o Santo Antônio, mas poucos sabem de sua vida, da vida do homem que se tornou santo”, comentou Vegro. “Ele também foi um imigrante, nasceu em Portugal e foi para a Itália, pregando e trabalhando.”
O autor destacou que Santo Antônio morreu jovem em função do trabalho exaustivo que realizou para ajudar os pobres. “Ele era um homem muito inteligente e culto, que sabia das necessidades de seu tempo e das soluções para elas. Naquela época, tínhamos problemas similares aos de hoje, e ele lutou muito para que os pobres tivessem o que comer.”
Agência AL
Fonte: Agência ALESC
