O Banco Central (BC) confirmou que o sistema de pagamentos PIX passará por novas mudanças em 2025. Desde o seu lançamento em 2020, o PIX tornou-se o método preferido dos brasileiros, permitindo transferências instantâneas e gratuitas entre contas, mesmo fora do horário bancário. Agora, o BC busca expandir ainda mais essa funcionalidade com o lançamento do PIX Automático, uma versão similar ao débito automático, que promete simplificar pagamentos recorrentes e reduzir custos operacionais.
Como Funciona o PIX Automático?
Previsto para ser lançado oficialmente em 16 de junho de 2025, o PIX Automático permitirá que usuários programem pagamentos recorrentes de maneira automática. Assim, em vez de inserir manualmente os dados de pagamento mensalmente, o usuário poderá autorizar pagamentos automáticos para serviços como:
- Contas de serviços públicos (água, luz, telefone e gás);
- Instituições financeiras;
- Instituições de ensino e academias;
- Condomínios e planos de saúde;
- Serviços de streaming e assinaturas em geral.
Com o PIX Automático, o cliente configura o pagamento com a data e a quantia desejada, enquanto o banco realiza a transação no dia programado. Esse recurso reduz a necessidade de ações manuais, como digitar chaves e senhas, e visa diminuir a inadimplência, além de cortar custos operacionais para empresas que recebem pagamentos recorrentes.
Santander Adianta o Lançamento do PIX Automático
Embora a data oficial para o PIX Automático seja junho de 2025, o Banco Santander anunciou que disponibilizará essa funcionalidade para seus clientes já em novembro de 2024. O banco estava preparado para o lançamento, inicialmente previsto para outubro deste ano, e decidiu avançar com o recurso para captar a atenção de clientes empresariais, especialmente os de pessoa jurídica, que podem se beneficiar dessa agilidade nos pagamentos.
Mudanças nas Regras de Segurança do PIX
Além do PIX Automático, o Banco Central introduzirá novas medidas de segurança a partir de 1º de novembro de 2024, para proteger ainda mais os usuários contra fraudes. Entre as principais mudanças, destacam-se:
- Limite de R$ 200 para transferências em aparelhos novos não cadastrados com o banco: Essa medida busca proteger usuários em casos de trocas de dispositivo.
- Limite diário de R$ 1.000 para transações: Um teto diário ajudará a reduzir a exposição a golpes, limitando o valor que pode ser transferido em um único dia.
Além desses ajustes, o BC exigirá que os bancos adotem um sistema mais robusto de gerenciamento de risco, capaz de detectar transações incomuns ou incompatíveis com o perfil do usuário, baseando-se nas informações de segurança centralizadas no Banco Central. Os bancos também deverão oferecer informações de segurança para seus clientes e revisar, a cada seis meses, se os clientes têm histórico de fraude.
A Revolução do PIX no Mercado Financeiro
Antes da criação do PIX, os métodos de transferência entre contas incluíam o TED e o DOC, ambos com taxas e limitações. Enquanto o DOC limitava transferências a R$ 5 mil e não era instantâneo, o TED funcionava em tempo real, mas com uma tarifa média de R$ 15 e um horário restrito para a compensação. O PIX eliminou esses obstáculos, permitindo transações instantâneas gratuitas, 24 horas por dia, o que o transformou em um sucesso imediato.
Com essas novas melhorias, o PIX continuará a se posicionar como uma das ferramentas de pagamento mais práticas e seguras do Brasil, oferecendo conveniência e acessibilidade tanto para consumidores quanto para empresas.
As mudanças no PIX demonstram o empenho do Banco Central em adaptar a plataforma às necessidades dos usuários e aumentar a segurança nas transações digitais. Com o PIX Automático e as novas medidas de segurança, o BC espera tornar o sistema ainda mais acessível, eficiente e protegido, mantendo-se à frente em inovação e contribuindo para a modernização do mercado financeiro brasileiro.