Segue nesta quarta-feira (21), na Assembleia Legislativa, o Seminário Avançado de Formação de Professores para a Educação Básica: subsídios para uma política catarinense. O evento, organizado pela Comissão de Educação e Cultura da Alesc, iniciou na terça-feira (20) e tem como objetivo discutir e propor ações para qualificar a formação inicial e continuada dos docentes e dar subsídios para uma política educacional catarinense.
A programação desta quarta-feira contou com a realização de duas mesas redondas pela manhã. Uma sobre a formação inicial e outra sobre a formação continuada dos professores. Conforme explicou o professor Odilon Luiz Poli, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unochapecó, no debate sobre a formação inicial, o foco foi o compartilhamento de experiências educacionais consideradas promissoras.
“Quando uma experiência é promissora, por mais que ela ainda não seja grande, ela merece ser observada e, a partir daí, refletir sobre ela para que a gente possa avançar”, defendeu Poli.
Foram selecionadas quatro instituições de ensino que adotaram experiências e metodologias de ensino inovadoras: Uniamérica, Faculdade Sesi de Educação, curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab).
Uniamérica
A experiência do Centro Universitário Uniamérica foi compartilhada pela professora Lucia Helena Machado Makhlouf. Criada em 2001 na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, é considerada uma das melhores instituições de ensino do estado paranaense. Atualmente oferece 22 cursos de graduação e sete de pós-graduação.
“Na nossa metodologia inovadora, o aluno é o centro do aprendizado. Ele aprende as disciplinas da sua área por meio de projetos, que trazem a profissão para dentro da sala de aula, unindo teoria e prática. O objetivo é desenvolver competências profissionais e socioemocionais importantes para a atuação em um mercado de trabalho em constante evolução”, explicou a professora.
A ideia, conforme disse, é que o aprendizado passe a ser visto como um processo ativo de dar sentido à informação, aplicando, comparando, analisando, avaliando, descrevendo, debatendo, criticando, contextualizando e transformando a informação recebida.
Unilab
A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Educação, com sede na cidade de Redenção, no Ceará. Em nome da instituição, falou o professor de Licenciatura, Lourenço Ocuni Cá.
“O nosso objetivo é ministrar ensino superior, desenvolver pesquisas nas diversas áreas de conhecimento e promover a extensão universitária, tendo como missão institucional específica formar recursos humanos para contribuir com a integração entre o Brasil e os demais países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), especialmente os países africanos”, esclareceu.
A Unilab oferece 25 cursos de graduação presencial, três cursos de graduação à distância e nove cursos de pós-graduação. Conta hoje com mais de 7 mil alunos, sendo 1,3 mil estrangeiros.
Faculdade Sesi de Educação
A Faculdade Sesi de Educação, localizada em São Paulo, tem como proposta inovadora oferecer cursos de licenciatura organizados com o objetivo de formar professores por área do conhecimento e de forma que os estudantes experimentem os desafios da docência desde o primeiro dia de aula.
“Os nossos estudantes têm a possibilidade de vivenciar situações reais da sala de aula, analisar, praticar e propor soluções para problemas concretos no ambiente escolar, sempre sob a supervisão de um professor. Durante o curso, a aprendizagem dos conteúdos, métodos e técnicas de cada área do conhecimento é desenvolvida conjuntamente com o aprender a ensinar esses mesmos conteúdos com métodos e técnicas inovadoras”, salientou o supervisor de graduação da Faculdade Sesi de Educação, Hugo Cesar Bueno Nunes.
Os cursos de graduação ofertados pela instituição são divididos em quatro áreas de conhecimento para atuação nos anos finais do ensino fundamental e médio: ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática. Também oferece quatro cursos de pós-graduação em áreas como gestão escolar, robótica educacional e práticas educacionais inclusivas.
Pedagogia Bilíngue no IFSC
Por último, falou a coordenadora do curso de Licenciatura em Pedagogia Bilíngue do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Bruna Crescêncio Neves. Segundo afirmou, o IFSC, na unidade situada em Palhoça, é o primeiro e único da rede de institutos federais na modalidade bilíngue Libras-Português. O curso oferece 40 vagas e é ministrado na modalidade presencial, com parte da carga horária na modalidade de Educação a Distância.
“Nós trabalhamos na perspectiva de uma política de ensino, pesquisa e extensão que busca viabilizar uma efetiva interação entre surdos e ouvintes no campo educacional e profissional. O pedagogo formado no nosso curso terá competência para exercer a docência na perspectiva bilíngue, de modo a reconhecer a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a cultura surda, e a epistemologia visual como elementos de constituição e ação social dos surdos”, explicou.
AGÊNCIA AL
Fonte: Agência ALESC
