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Mário Motta pede apuração da CGU sobre situação do Morro dos Cavalos

Notícias de Santa Catarina - SC HOJE News

Deputado Mário Motta.
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL

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Nesta quarta-feira, 24 de abril, o deputado estadual Mário Motta (PSD) encaminhou representação à Controladoria-Geral da União (CGU) pedindo a abertura de procedimento para apurar as possíveis responsabilidades com relação aos deslizamentos de terra na BR-101, no Morro dos Cavalos, e propor medidas e recomendações para evitar que novos acidentes ocorram na região, prejudicando a população.

No documento, o parlamentar denuncia falhas na gestão e monitoramento de riscos associados à concessão da rodovia BR-101, especificamente no trecho do Morro dos Cavalos, administrado pela concessionária Arteris Litoral Sul, que podem ter levado a acidentes. Como o que ocorreu em 13 de abril quando o deslizamento de rochas bloqueou o tráfego no km 234, sentido norte da BR-101, por mais de 50 horas, provocando congestionamento de 30 quilômetros.

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Além deste, em 19 de dezembro de 2022, pouco antes das festas de fim de ano, quando as estradas de Santa Catarina estão muito movimentadas, a BR-101 no Morro dos Cavalos também foi bloqueada devido a deslizamentos de solo e rochas em grande escala. Novamente, a rodovia ficou fechada por dias, causando longas filas e afetando milhares de pessoas.

Para o deputado Mário Motta, apesar da chuva que caiu na região, em ambas as situações, a precipitação não foi a causa principal, mas a consequência. Por isso, assim que assumiu, em março de 2023, o parlamentar encaminhou Moção de Apelo à ANTT solicitando a adoção de melhorias nas inspeções por meio do uso de drones para uma interpretação mais precisa da situação das encostas.

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O pedido foi feito porque desde 2013, após elaboração de relatório que identificou 27 passivos ambientais, ou seja, passíveis de risco, a Arteris é responsável pelas intervenções no local, o que inclui a realização de monitoramento. No entanto, a classificação de risco das encostas, de maneira geral, é feita apenas por inspeção visual.

Dos 27 pontos analisados, 21 foram classificados como risco 0 (quando o local está estabilizado, sem oferecer perigo para o tráfego) e 1 (o local encontra-se com ocorrência em estágio inicial, sujeito à intervenção a longo prazo – em até 5 anos). Na época, entre os pontos analisados, o 41 foi considerado como de risco 0, e o 28 de risco 1, justamente os locais onde ocorreram os deslizamentos em 2022 e 2024.

Diante do Relatório de Monitoração da Arteris, a ANTT decidiu excluir os valores que seriam destinados para obras de recuperação dos passivos ambientais do Morro dos Cavalos, já que, naquele momento, apresentavam grau de risco 0 ou 1. Com isso, dos R$ 42,9 milhões previstos inicialmente para a intervenção, R$ 37,7 milhões foram excluídos referentes aos 21 pontos com classificação de risco 0 ou 1.

Assim, conclui-se que o desmoronamento nos pontos 28 e 41, aparentemente, tiveram as mesmas possíveis causas: exclusão dos trechos de baixo risco do contrato pela ANTT (versão da Arteris Litoral Sul); ou omissão da própria concessionária em executar as intervenções necessárias. Além disso, a realização de inspeções precárias, apenas de forma visual, que podem não classificar a real situação de risco dos trechos ao longo da rodovia, também pode ser um fator determinante para os deslizamentos.

“Encaminhei representação à CGU, pois aparentemente todos os envolvidos nessa concessão parecem não se entender, se esquivando de suas responsabilidades e, quem está pagando a conta, literalmente, é a população”, ressalta o deputado Mário Motta.

Claudia Xavier
Assessora de Comunicação
48 98466 7939

Fonte: Agência ALESC – Gabinetes

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