O Governo Federal busca formas de retirar brasileiros do Cadastro Único, o principal banco de dados sociais para programas governamentais como o Bolsa Família. A meta é retirar cerca de 1 milhão de pessoas do cadastro até o fim de 2023, de acordo com Wellington Dias, líder do Ministério do Desenvolvimento Social.
Para alcançar essa meta, o governo pretende formalizar parcerias com empresas para recrutar trabalhadores da lista. Além disso, novas linhas de crédito serão oferecidas aos cidadãos cadastrados como outra opção.
O objetivo é promover a independência financeira dessas pessoas e retirá-las da situação de vulnerabilidade, de forma que não dependam mais dos serviços do Cadastro Único.
Incentivo será ao trabalho
Durante um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, abordou a situação dos inscritos no Cadastro Único do Governo Federal.
De acordo com o ministro, o governo identificou a presença de cerca de 27 milhões de pessoas no cadastro em idade para trabalhar, e uma parcela desse grupo possui formação média, técnica e superior. Dias enfatizou que essas pessoas não estão lá por fraude e que elas são qualificadas e recebem o Bolsa Família, e que gostariam de uma oportunidade.
No entanto, Dias não divulgou quais serão os próximos passos do Governo Federal em relação a esse tema. Ele destacou que pretende trabalhar em conjunto para que o Cadastro Único seja uma meta social, e mencionou a inauguração de uma unidade do grupo Carrefour na cidade de Teresina, Piauí, como um exemplo.
O ministro afirmou que tem a intenção de participar de um programa de qualificação profissional em conjunto com o setor público e privado, baseado no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), com o objetivo de qualificar milhões de brasileiros.