Entre 2003 e 2004, Eduardo Bolsonaro ocupou o cargo de assessor da liderança do PTB, que tinha como presidente o então deputado Roberto Jefferson. Na época, o filho de Bolsonaro tinha 18 anos e era calouro do curso de Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O pai dele, o atual presidente da República Jair Bolsonaro (PL) era filiado à legenda, onde permaneceu até 2005.
O cargo comissionado tinha carga horária de 40 horas semanais, com salário de R$ 9,8 mil por mês. Contudo, o emprego era irregular, já que o filho 03 de Bolsonaro morava no Rio de Janeiro, mas estava lotado numa posição em que os servidores “não possuem a prerrogativa de exercerem suas atividades em outra cidade além da capital federal”. O caso foi levantado pela BBC Brasil e lembrado nas redes sociais após os últimos acontecimentos envolvendo Jefferson.
Neste domingo, o ex-deputado recebeu agentes da Polícia Federal com tiros e granadas após receber ordem de prisão por descumprir regras da reclusão domiciliar. Dois policiais saíram feridos e o ex-parlamentar se entregou horas depois. Após o ocorrido, Bolsonaro tentou se desvencilhar da associação com o apoiador e chegou a dizer que sequer tinha fotos com Jefferson, coisa desmentida rapidamente pela imprensa.
Em 2005, o próprio Jair Bolsonaro admitiu ter um filho trabalhando na Câmara dos Deputados durante um debate sobre nepotismo. Naquela época, ainda não havia uma regra específica proibindo políticos de contratarem parentes para cargos de confiança.
“Já tive um filho empregado nesta Casa e não nego isso. É um garoto que atualmente está concluindo a Federal do Rio, uma faculdade, fala inglês fluentemente, é um excelente garoto. Agora, se ele fosse um imbecil, estaria logicamente preocupado com o nepotismo”, afirmou Bolsonaro em reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, segundo reportagem do arquivo do jornal O Globo.
Com informações do Yahho Notícias
