Combinar a matemática com debates sobre a discriminação racial e de gênero no campo científico foi o tema escolhido para o projeto realizado com as turmas do 6º ao 9º ano da Escola Básica Municipal Virgílio dos Reis Várzea, localizada em Canasvieiras.
O objetivo foi comemorar o Dia da Matemática (6/5) mostrando o trabalho de mulheres cientistas que ocupam grandes cargos na área para incentivar que mais meninas sigam a carreira científica.
Para auxiliar as discussões foi feito uma programação com vídeos, sessão de cinema, pesquisas sobre o assunto e uma análise dos vencedores da Medalha Fields, considerada o prêmio Nobel da matemática.
As atividades começaram 14 dias antes da data comemorativa com a exibição de dois minidocumentários, “Fator F” e “Fator N”.
O primeiro traz a visão de mães e pais sobre os obstáculos de conciliar a criação dos filhos com a carreira. O segundo questiona o motivo pelo qual as mulheres negras representam menos de 3% das docentes do país.
Com base nesses materiais, os adolescentes apontaram soluções para os problemas que lhes foram apresentados como por exemplo, colocar os trabalhos das cientistas em exposições e divulgá-los nas escolas; realizar eventos de matemática para mulheres; garantir vagas para as minorias na universidade.
A “Sessão cinema” foi realizada em parceria com a Academia de Polícia Civil de Santa Catarina que cedeu um espaço para a unidade educativa.
O filme assistido foi “Estrelas além do tempo” que narra a história de três mulheres negras matemáticas, funcionárias da NASA, que sofrerem racismo no ambiente de trabalho, porém provaram seu valor sendo essenciais para o maior feito da humanidade, levar o homem até a lua.
Para encerrar o projeto, houve uma palestra ministrada pela professora da rede municipal de ensino de Florianópolis, Simone Ribeiro, que atualmente é doutoranda no programa de pós-graduação em educação científica e tecnológica da UFSC.
Ela foi a responsável por conversar com os estudantes sobre os ataques racistas vistos no longa-metragem estadunidense e sobre o lugar da mulher negra na sociedade e nas ciências.
A ação foi coordenada pelo professor de matemática Guilherme Wagner e também contou com a contribuição dos profissionais das disciplinas de ciências, geografia, história e Artes – teatro.
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Fonte: Prefeitura de Florianópolis
