As homenagens aos artistas plásticos prosseguem com uma exposição aberta ao público na Galeria do Papel. A ação é promovida pela Secretaria Municipal de Cultura e Relações Institucionais e (SMC) e Museu de Arte de Blumenau (MAB), antecipando as celebrações alusivas à data dedicada a esta categoria – 8 de maio. As visitas podem ser presenciais, de terça a sexta-feira, das 10h às 16h, seguindo os critérios de prevenção sanitária estabelecidos no município. A mostra também está disponível em vídeo publicado nas redes sociais da secretaria.
O homenageado no terceiro dia é Élio Hahnemann. O artista nasceu em Blumenau no dia 21 de março de 1959. Era portador de uma doença congênita, chamada de Epidermólise Bolhosa Distrófica. Faleceu em 2006, aos 47 anos.
Em 1970, Hahnemann fez suas primeiras lições de arte com a professora Darci Boos e, em 1973, passou a ter aulas com o professor Luís Emmerich. Participou de curso de pintura no Centro de Criatividade Tintas Hering e em dois cursos de gravura na Universidade Regional de Blumenau (Furb). Cursou aquarela com Dircéa Binder e frequentou oficinas na então Fundação Cultural de Blumenau.
Hahnemann teve muitos professores. O artista Reinaldo Manzke, que não costumava ministrar aulas, ao perceber um enorme talento, aceitou ser seu professor, iniciando as práticas necessárias ao desenvolvimento do pintor, no ano de 1977. Foi Reinaldo Manzke que sugeriu a fabricação e fez o primeiro protótipo de um aparelho para ser usado como ferramenta de trabalho, como uma extensão dos seus braços, fazendo o papel da mão ao segurar um lápis ou empunhar um pincel.
Em 1995, Hahnemann recebeu um importante prêmio no 4º Salão da Primavera, em Teresópolis (RJ), intitulado Mercado de Flores, onde uma medalha de ouro consagrou-o por sua habilidade e criatividade como artista plástico. Em 1996, recebeu o Prêmio Destaque Catarina, na 1ª Bienal Reinaldo Manzke, em Blumenau, com a obra A Vida Cotidiana, marcando fortemente sua trajetória artística. Nesse mesmo ano, recebeu homenagem da prefeitura de Blumenau que lhe conferiu um brasão de reconhecimento pela qualidade de seu trabalho artístico e pela sua dedicação ao povo blumenauense.
O artista deixou um legado de mais de 1.000 obras, que foram catalogadas por sua mãe. Seu maior legado foi a perseverança, sua lição de vida, pois com todos os problemas e dificuldades que tinha ninguém o via reclamar de nada. Costumava dizer: “Nunca se deve dizer que não se consegue, nunca se deve desistir. Desistir, nunca. Eu também tenho problemas, mas eu não olho para trás. Eu olho para frente, amanhã será melhor”.
Saiba mais
Confira as mostras que estão abertas à visitação
Sala Roy Kellermann – Gravuras do Acervo do MAB
Galeria Municipal de Arte/Sala Alberto Luz – 5 Décadas de Arte
Sala Elke Hering – mostra do acervo com obras da artista
Galeria do Papel – Élio Hahnemann uma lembrança
Local: Museu de Arte de Blumenau – Rua 15 de Novembro, 161 – Centro
Horário: de terça a sexta-feira, das 10h às 16h
Agendamento de grupos: será feito em conformidade com a capacidade de visitantes estabelecida para cada sala pelo telefone (47) 3381-6176
Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello
postada em 06/05/2021 17:27 – 14 visualizações
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