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Dr. Vicente aborda as medidas de combate e prevenção do coronavírus


O deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), médico neurologista e ex-secretário de Estado da Saúde, fez uma avaliação do combate ao novo coronavírus neste período de pandemia no programa “Fala, Deputado (a)”, da TVAL, a TV da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, veiculado nesta quinta-feira (6). Ele avaliou que faltou seriedade e empenho do governo federal em firmar contratos, ainda em 2020, para disponibilizar vacinas contra a Covid-19 para a população, mas que ultimamente a vacinação está ocorrendo em ritmo contínuo. “Esperamos que esse ritmo aumente, porque precisamos rodar a economia e com a doença e com esse grau de contágio, nós não conseguiremos.”

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O programa pode ser acompanhado pelas redes sociais da Assembleia (Facebook, YouTube e Instagram); pela Rádio AL, onde ficará disponível no perfil do Spotify da emissora; e na Agência AL. Caropreso relatou que trabalhou por 35 anos no Ministério da Saúde, como funcionário federal, dos quais 20 anos na Vigilância Epidemiológica, tendo acompanhado de perto muitos dos agravos que ocorrem durante este período no Brasil. “Começamos a fazer a organização em 2017, quando estávamos na Secretaria da Saúde, fundando e formando o Coes (Centro de Operações de Emergência em Saúde), que hoje é uma instância consultiva, vamos dizer assim, para o Executivo estadual.”

Para Caropreso, o governo federal, em 2020, deveria ter tido mais seriedade e empenho em firmar contratos, citando como exemplo a empresa Pfizer (farmacêutica norte-americana), para disponibilizar um quantitativo adequado e rápido para conter o avanço da pandemia. “À medida que o tempo vai passando e as pessoas não vão se vacinando, acontecem as mutações e tornam o vírus cada vez mais imprevisível. E é isso que está acontecendo.”

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Ele avaliou que apesar de todo esforço do governo federal para fornecer cada vez mais materiais, há uma reação em cadeia. “À medida que o povo não vai se vacinando ou é vacinado a conta gotas, existe todo um sofrimento, uma perda de função dos hospitais, médicos praticamente sem fazer nada, principalmente os cirurgiões, porque eles dependem dos anestésicos para as pessoas que estão precisando de respiradores nos casos mais graves. Então, toda e qualquer ajuda, por parte dos municípios, de governadores inclusive, é importante.”

Caropreso lembrou que foi relator de uma lei de autoria do presidente da Comissão de Saúde, Neodi Saretta (PT), que autoriza o estado a comprar mais vacinas e que há também um esforço grande da Fecam (Federação Catarinense dos Municípios), por meio de consórcios de saúde, em busca de maior quantitativo de vacinas. “Todo esforço é meritório. Nós estamos correndo contra o tempo, mas por enquanto estamos vendo tudo ocorrer lentamente, mas ultimamente não tem faltado e tem sido contínua essa vacinação. Esperamos que aumente esse ritmo.”

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Cirurgias eletivas
O deputado também destacou a preocupação com as cirurgias eletivas que não estão sendo realizadas. “Recentemente, eu atuo ainda na medicina, examinei uma pessoa de 33 anos, que no final do ano passado fez uma ressonância e tinha um cisto dentro da medula. Foi dito para ela que deveria procurar uma cirurgia assim que possível e há três dias a examinei e ela estava praticamente paraplégica, ou seja, uma indicação de cirurgia que era eletiva transformou-se num problema agudo, neurológico, neurocirúrgico, e assim vários problemas que não estão abordados de forma eletiva vão se transformando em problemas de emergência.”

Para o deputado, é imperativo que seja disponibilizado uma quantidade maior de anestésicos, materiais para intubação, enfim de apoio aos procedimentos anestésicos para viabilizar essas cirurgias que estão faltando. “Certamente será uma epidemia das eletivas, se isso não ocorrer. Nós estamos com muito represamento e daí médico não funciona, médico fica parado, sem ganhar, os hospitais param, porque a maioria está atendendo a Covid-19, por um preço de custo e não faz rodar sua máquina. Enfim, tá uma situação grave no meio hospitalar.”

Vida normal
O Dr. Vicente Caropreso estima que o retorno à “vida normal” da população, depois da pandemia, vai depender do grau de adesão da população à vacinação. “Nós esperamos que até meados do segundo semestre a situação possa ser reduzida. Acreditávamos que até o final deste mês, com a vacinação se aproximando de mais de 10% da população, houvesse uma redução e realmente ocorreu em alguns cantos do estado, mas ainda insuficiente devido ao grau de preenchimento de vagas nos leitos de UTIs ser muito grave.”

Ele enfatiza que é necessário encarar a situação com seriedade e que os governadores estão de “peito aberto” pedindo a adesão da população, fazendo com que daí cada um tenha a responsabilidade em relação à vacinação. O deputado lembrou que vários segmentos da economia estão há um ano paralisados e a situação econômica é grave.  “Tudo depende das lideranças darem o start, o pedido, implorar para que as pessoas colaborem com os meios mais simples de refrear o contágio, como o uso de máscaras, limpar as mãos, usar álcool em gel e evitar aglomerações.”

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Redação SC Hoje
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