A Secretaria de Estado de Saúde atualizou o número de casos confirmados de Coronavírus em Santa Catarina na noite desta terça-feira (24). Segundo a contagem oficial do governo, são 109 casos em 23 municípios.
Com o avanço, o Estado é líder na região Sul, à frente do Rio Grande do Sul (98) e do Paraná (65). Santa Catarina representa 4,8% do total de casos do país – 2.201 -, segundo o Ministério da Saúde.
Dois novos municípios registraram casos: Laguna e Tijucas. Ao todo são 23 cidades atingidas: Florianópolis (20), Itajaí (10), Balneário Camboriú (9), Braço do Norte (9), Criciúma (9), Tubarão (9), Blumenau (7), São José (6), Imbituba (4), Joinville (4), Chapecó (3), Navegantes (3), Gravatal (2), Jaraguá do Sul (2), Jaguaruna (2), Porto Belo (2), Rancho Queimado (2), Gaspar (1), Içara (1), Lages (1), Pomerode (1), Laguna (1) e Tijucas (1).
O número de casos suspeitos em território catarinense é 336. “Percebemos uma diminuição neste número de casos suspeitos e isso é positivo para o Estado”, disse o secretário de Saúde, Helton de Souza Zeferino. Para ele, a redução é fruto do trabalho de restrição social.
Segundo o governador Carlos Moisés da Silva, o governo do Estado tem mapeado a possibilidade de quase dobrar os leitos de UTI disponíveis. Hoje, são 801 leitos, considerando equipamentos adultos, pediátricos e neonatais. O Executivo projeta conseguir mais 713 durante a crise em um prazo de até 30 dias.
“A partir dessa instalação a gente vai monitorando a necessidade. Além da capacidade instalada, temos espaço em outras unidades para tratamentos que não sejam intensivos”, afirmou Moisés.
Para o governador, o objetivo a partir de agora é “ajustar as nossas vidas com a presença do vírus”. Segundo ele, o Estado vai conciliar a restrição social e os cuidados sanitários com a retomada gradual de setores econômicos. “O retorno das atividades já está sendo desenhado pelo governo. Vai começar amanhã [25] com as obras de infraestrutura”, disse.
O governador se mostrou otimista com a retomada de algumas atividades. “Tivemos uma redução dos casos de exames laboratoriais. A gente acredita que esta curva pode continuar. Essa semana é fundamental para estudar os resultados do isolamento social”, afirmou.
“Nós estamos conversando com bares, hotéis, restaurantes, bancos para voltar à ativa com os devidos cuidados. Nós temos uma crise na saúde, mas não podemos criar uma crise mais danosa na economia. Conviver com o vírus é uma árdua tarefa que vamos ter que aprender”, disse Moisés.
Na manhã desta terça, o governo editou o decreto e ampliou as áreas consideradas essenciais. A decisão é fruto da negociação com o setor produtivo para reduzir os impactos econômicos do fechamento de estabelecimentos. A Fiesc já pediu a liberação para a construção civil; e entidades ligadas ao comércio – FCDL/SC, Fecomércio/SC e Facisc – solicitaram autorização para lojas de material de construção, lavanderias, entre outros.