- PUBLICIDADE GOOGLE-

Governo vai enviar à Alesc MP que prorroga isenção de agrotóxicos até dezembro

O governo estadual vai encaminhar para a Assembleia Legislativa medida provisória (MP) prorrogando para até 31 de dezembro a isenção na alíquota de ICMS para os defensivos agrícolas. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (22) por representantes de entidades do setor agropecuário que vieram ao Parlamento catarinense após reunião com o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), na Casa d’Agronômica, em Florianópolis

José Zeferino Pedrozo (presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina – Faesc), José Walter Dresch (presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura – Fetaesc) e Claudio Post (presidente da Fecoagro) foram recebidos pelo presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD); pelo presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia, deputado Marcos Vieira (PSDB); e pelo deputado Sergio Motta (Republicanos), na Presidência do Legislativo estadual. No encontro, eles informaram aos parlamentares sobre os resultados da reunião com o governador.

Continua após o anúncio

“Foi uma reunião longa e difícil, na qual o governador defendeu sua posição de forma muito dura e nós divergimos. Ao final, o governo aceitou ampliar a prorrogação da alíquota zero sobre os defensivos para 31 de dezembro”, comentou Pedrozo. Conforme o dirigente, a partir de janeiro, Moisés afirmou que o governo vai tributar os defensivos de forma escalonada, conforme o grau de toxicidade.

“Não foi tudo o que almejávamos, mas no momento não podemos ser irredutíveis. Teremos tempo para discutir mais essa questão e pelo menos nessa safra o setor produtivo não vai ser atingido com o aumento do ICMS. Continuamos abertos ao diálogo com o governo”, completou o presidente da Faesc.

Continua após o anuncio

O presidente da Fetaesc destacou que o Executivo estadual precisa ouvir mais os produtores. Ele defendeu a produção agropecuária catarinense. “Os discursos ideológicos, às vezes, não refletem a realidade”, afirmou. “O aumento de produtividade da agropecuária catarinense nos últimos anos se deve também aos defensivos, com produtos de qualidade e seguros, reconhecidos no mundo todo.”

Claudio Post, da Fecoagro, afirmou que o escalonamento nas alíquotas do ICMS que deve ser proposto pelo governo para 2020 não deve atingir a maioria dos defensivos utilizados nas lavouras do estado, considerados de baixa toxicidade. “O governo não abre mão de sua posição de aumentar as alíquotas do ICMS para os defensivos”, destacou.

Continua após o anúncio

O deputado Marcos Vieira (PSDB) destacou o papel da Assembleia na busca pelo diálogo entre o setor produtivo e o governo. Ele afirmou que a MP, quando chegar à Alesc, será analisada com a participação dos produtores, antes de ser votada pelos deputados.

“Vamos usar nossa prerrogativa para discutirmos essa questão”, disse o parlamentar. “A pedido do presidente Julio Garcia, vamos escutar as entidades do setor agropecuária para saber se elas concordam com o teor da medida provisória.”

Por meio da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom), o governo confirmou o envio da MP, que será editada nos próximos dias e terá validade retroativa a 1º de agosto, quando a alíquota do ICMS para os defensivos agrícolas passou de 0% para 17%.

A Secom também confirmou que, a partir de 1º de janeiro de 2020, haverá cobrança escalonada do imposto. Os produtos alta e extremamente tóxicos não teriam redução na base de cálculo e permanecerão na faixa vermelha, com 17% de ICMS; já os que são moderadamente tóxicos, inseridos na faixa amarela, terão 12%; na faixa azul, há os produtos pouco tóxicos, cuja carga tributária será de 7%, e os improváveis de causar dano agudo, com carga de 4,8%; por fim, isentos de ICMS estarão os produtos biológicos e os bioinsumos, incluídos na faixa verde.

Continua depois do anúncio: FP

- CONTEÚDO PROMOVIDO -
Redação SC Hoje
Redação SC Hoje
Da redação do Portal SC Hoje News. DÊ SUA OPINIÃO SOBRE A QUALIDADE DO CONTEÚDO QUE VOCÊ ACESSOU. Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e envie sua mensagem por e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp 48 99208.8844

Veja Mais