Restringir o transporte de cargas em determinados horários durante a próxima temporada de verão nas BRs-101, 282, 470 e 280; buscar a flexibilização do calendário escolar para facilitar a movimentação turística das famílias e conciliar com as datas dos estados vizinhos; intensificar a promoção nacional e internacional dos principais destinos catarinenses e sinalização do corredor turístico estadual desde a fronteira foram algumas das medidas anunciadas pela presidente da Santa Catarina Turismo (Santur), Flávia Didomênico, durante o seminário “As perspectivas do turismo para 2019/2020”, que aconteceu nesta segunda-feira (12), na Alesc, numa iniciativa da Comissão de Turismo e Meio Ambiente e Escola do Legislativo.
O presidente da Comissão , deputado Ivan Naatz disse que o seminário foi o primeiro de muitos que ainda serão realizados com o objetivo de ampliar a parceria do poder legislativo com os órgãos oficiais de turismo e o trade catarinense em busca do avanço do planejamento e a profissionalização do setor.
“Estamos estudando mudanças no transporte de cargas, o turista não pode levar nove horas de Curitiba a Balneário Camboriú, por exemplo. Os estudos em conjunto com os orgãos responsáveis vão definir quais serão os horários mais adequados para que outros segmentos da economia não sejam prejudicados, não se pode pensar apenas no turismo”, ponderou Flávia Didomênico.
A presidente da Santur revelou ainda que a promoção do turismo internacional para 2019/2020 está focada no selo bandeira azul, conquistada por 14 praias; garantiu a concessão à iniciativa privada dos Centros de Eventos de Balneário Camboriú (até o inicio do ano que vem) e Luiz Henrique da Silveira, em Florianópolis, e a retomada do projeto para a construção de um mirante- passarela de vidro na Serra do Rio do Rastro, no Sul do Estado.
Os projetos de reforço na infra-estrurura turística do estado incluem ainda a sinalização de todo corredor turístico, começando na fronteira com a Argentina em Paraíso e Dionísio Cerqueira, e indicando os principais atrativos do corredor, além da sinalização turística nas cidades do litoral que ainda não têm e a instalação de chuveiros, banheiros e rampas para cadeiras anfíbias facilitando o turismo com acessibilidade nas principais praias.
Já o superintendente de Turismo de Florianópolis, Vinicius de Lucca Filho, pintou um quadro otimista para a próxima temporada na capital do estado. ” A ponte Hercílio Luz será aberta ao trânsito, um monumento bastante importante no centro de Florianópolis e será inaugurado o novo terminal de passageiros do aeroporto de Hercílio Luz”, destacou.
O superintendente citou ainda o lançamento do edital da marina da beira-Mar Norte, o engordamento da faixa de areia de Canasvieiras, previsto para ser concluído até novembro, a revitalização da SC-401, com implantação ciclo-faixas e obras na região de Coqueiros.
“A marina da Beira-Mar Norte será um verdadeiro símbolo de mudança de mentalidade, uma guinada rumo ao desenvolvimento”, avaliou De Lucca, que prometeu aumentar o efetivo das UPAs Norte e Sul durante a temporada, retomar a implantação das creches de verão e aumentar a fiscalização dos ambulantes.
Turismo rural e regional – Thaise Costa Guzzatti, engenheira agronôma, doutora em Geografia e assessora técnica do “Programa Acolhida na Colônia”, falou sobre os 20 anos do programa e a experiência dessa modalidade de turismo rural em municípios com menos de 5 mil habitantes. “A Associação Acolhida na Colônia está completando 20 anos, é referência em turismo rural na agricultura familiar, em pequenos municípios rurais e com recursos naturais abundantes”, explicou Thaise.
Segundo a pesquisadora, o estado tem 105 municípios com menos de 5 mil habitantes, geralmente sem comunicação, sem estradas, sem sinalização, sem agências bancárias e com serviços básicos deficitários.
De acordo com Thaise, essas dificuldades podem ser superadas com cooperação e solidariedade, cultivo agroecológico, foco na qualidade e na transformação dos produtos. Atualmente 22 municípios oferecem acolhida na colônia, com 117 propriedades em operação, 60 em estruturação, além de uma federação e seis organizações regionais. “O desafio é inverter a tendência do êxodo rural com investimentos na infraestrutura , comunicação e facilitar a legislação para os empreendedores rurais”, observou a pesquisadora.
Na avaliação final do evento, o deputado e idealizador Ivan Naatz disse que este primeiro seminário foi importante para o debate prévio dos principais aspectos que podem contribuir para o crescimento do turismo em Santa Catarina, não só para a temporada de verão mas durante todo o ano e em todas as regiões do Estado.”O papel da Alesc é unir as pontas , ampliar as parcerias para que o setor cresça ainda mais como fator de geração de emprego e renda e na contribuição à economia catarinense”, destacou.
O seminário teve ainda a participação de outros parlamentares e representantes da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), Fecomércio, Senac, Partici representantes da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), Fecomércio, Senac, Abrajet, Instituto Federal Santa Catarina (IFSC), Fecasurf, Termas de Piratuba, Univali, Epagri e Fecam