Em carta oficial enviada ao presidente Lula, o ex-presidente dos EUA e atual comandante em Washington, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira que irá impor uma tarifa de 50% sobre todas as importações brasileiras, a partir de 1º de agosto. A justificativa apresentada se fundamenta em “fatos muito significativos” e no “histórico passado” de relações comerciais, conforme declarou durante reunião na Casa Branca com líderes da África Ocidental .
Trump associou diretamente a medida à condução do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, chamando o processo de “caça às bruxas” e exigindo seu fim imediato. Segundo ele:
O presidente acusou ainda o STF de emitir ordens de censura “secretas e ilegais” contra plataformas americanas, violando a liberdade de expressão.
A tarifa de 50% ao Brasil se soma a uma série de iniciativas tarifárias que atingem ao menos 22 países — incluindo tarifas de 20% a 30% sobre módulos como cobre e produtos farmacêuticos. O caso brasileiro é o mais severo, superando até mesmo outras nações menores alvo de avisos tarifários .
Em resposta, o governo Lula convocou uma reunião de emergência em Brasília e prometeu adotar “medidas recíprocas” caso a tarifa seja confirmada. O Itamaraty também chamou o encarregado de negócios da embaixada dos EUA para manifestações formais.
O presidente Lula classificou a decisão como “interferência” na soberania brasileira e contestou os argumentos de déficit comercial, afirmando que os EUA têm superávit com o Brasil — cerca de US$ 7,4 bilhões em 2024.
Economistas brasileiros já avaliam que o real deve se desvalorizar e que empresas como Embraer e Petrobras podem sofrer retração nas bolsas. Exportações críticas como café, suco de laranja e carne—grande parte dos produtos afetados—podem ter preços elevadíssimos e perda de competitividade no mercado americano.
Especialistas alertam que esta é uma forma sem precedentes de pressão política: o uso de tarifas tarifárias para influenciar decisões jurídicas internas de outra nação. Caso resumida por Trump em carta privada, o uso da Seção 301 para investigar práticas comerciais “injustas” sugere a possibilidade de novas barreiras econômicas .
Governistas brasileiros interpretam o movimento como tentativa de chantagem para influenciar um processo judicial, enquanto militares e alguns parlamentares ligados ao ex-presidente Bolsonaro celebram o apoio político recebido .
| Ato | Data prevista | Observações |
|---|---|---|
| Tarifa de 50% | A partir de 1º de agosto | Abarca todos os produtos brasileiros importados pelos EUA |
| Resposta brasileira | Imediata | Reações diplomáticas, pressão comercial e possível retaliação tarifária através da lei de reciprocidade |
Trump usa a política comercial como instrumento direto de influência política, em especial ao associar a tarifa ao caso Bolsonaro. A retaliação do Brasil envolverá não apenas contramedidas comerciais, mas também forte mobilização diplomática. O episódio pode redefinir regras de engajamento entre grandes democracias, especialmente quando decisões judiciais internas são transformadas em moeda de troca econômica.
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