Setembro regista alta nos preços pagos aos produtores catarinenses de grãos e de carnes

O trigo registrou alta e 17,28% comparado a setembro do ano anterior (Foto: Aires Mariga/Epagri)

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O Boletim Agropecuário de outubro mostra que os preços pagos aos produtores catarinenses de feijão, trigo, soja e carnes tiveram alta em setembro. De acordo com o monitoramento do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa), os melhores resultados foram para o feijão-preto, que teve um crescimento de 25,05% em relação ao mês anterior, e para o trigo, que registrou alta e 17,28% comparado a setembro do ano anterior.

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O Boletim Agropecuário é uma publicação mensal da Epagri/Cepa que apresenta os dados atualizados do acompanhamento das safras e do mercado dos principais produtos agropecuários catarinenses. A seguir, confira mais dados do monitoramento do mês de setembro.

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Feijão

No mês de setembro, os preços recebidos pelos produtores catarinenses de feijão-carioca tiveram uma variação mensal positiva de 11,30%. Já para o feijão-preto, o preço médio recebido pelos produtores cresceu 25,05%. Até o fim do mês, cerca de 17% da área destinada ao cultivo de feijão já havia sido plantada. A condição das lavouras é considerada boa.

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Trigo

No mês de setembro, os preços médios recebidos pelos produtores catarinenses de trigo começaram a reagir. A variação mensal teve uma alta de 4,33%. Na variação anual, em termos reais, foi registrada uma alta de 17,28%. A condição das lavouras é considerada boa.

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Em setembro a área plantada estimada é de pouco mais de 121 mil hectares, o que representa uma redução de 11,8% em relação à safra passada. A produtividade média estadual está estimada em 3.565kg/ha, um aumento de 59,4%. Até o momento, a expectativa é que a produção estadual deverá crescer 40,6%, chegando a 433 mil toneladas, volume muito próximo ao recorde alcançado na safra 2022/23, que foi de 482 mil toneladas.

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Soja

Em setembro, as cotações da soja no mercado catarinense apresentam reação de 2,6% em relação ao mês anterior. A safra catarinense de soja 2024/25 começa a ser semeada com maior intensidade em outubro. Estima-se um aumento de 1,78% da área plantada, alcançando 768 mil hectares nesta primeira safra.

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A expectativa é um incremento de 10,8% na produtividade média, chegando a 3.837kg/há. Com isso, espera-se um aumento de 12,77% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,9 milhões de toneladas de soja na 1ª safra.

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Milho

Em setembro, o preço médio mensal pago ao produtor em Santa Catarina indica a continuidade da recuperação, que poderá ser mais significativa até o fim do ano. No final de setembro, as cotações ultrapassam a R$60,00 a saca em algumas praças do estado. Os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra e a concorrência com as exportações, além de fatores do mercado externo.

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Para essa safra 2024/25 de milho, a redução na área plantada deverá chegar a 10% até o último levantamento. A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.468kg/ha. Assim, espera-se um aumento de 11,8% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,3 milhões de toneladas de milho.

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Arroz

O grão apresenta preços estáveis, porém em patamar acima do ano anterior. A expectativa é de preços menores na safra 2024/25, devido à recuperação da área plantada no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e aumento da oferta interna do grão. No comércio exterior, as exportações caíram 71% entre janeiro e setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. As importações, por outro lado, subiram 51,18%. A safra 2024/25 deve ter aumento de produtividade (8,7t/ha) e produção estimada de 1,27 milhão de toneladas. As lavouras estão se desenvolvendo normalmente e em boas condições.

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Alho

As cotações do alho no atacado se mantiveram praticamente estáveis no último mês. Em Santa Catarina, o preço médio pago aos produtores no mês de agosto foi de 15,50/kg para os alhos classes 4-5. A safra catarinense, 2024/25 foi toda implantada. A condição das lavouras é boa e muito boa. De janeiro a setembro de 2024, as importações foram de 115,67 mil toneladas, 31,05 % superior ao mesmo período do ano passado.

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Cebola

A safra catarinense de cebola foi toda implantada. A condição da lavoura é boa em 91% da área. No mês de setembro e início de outubro, as cotações dessa hortaliça tiveram fortes reduções provocadas pela maior oferta interna. O preço médio pago ao produtor catarinense foi de R$60,00 a saca de 20kg, aumento de 67% em relação ao mês de setembro.

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No mercado atacadista no mês de setembro, a cebola classe 3 foi comercializada a R$ 84,00/sc de 20 kg, redução de 15,84% em relação ao preço médio de agosto. Outubro se iniciou com nova redução de preços no atacado, passando para R$76,50/sc de 20kg, redução de 9,47% em relação ao preço médio de setembro.

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Maçã

Entre agosto e setembro de 2024, o preço médio das maçãs no atacado de Santa Catarina obteve valorização, mas com expectativa de redução no mês de outubro devido à qualidade e concorrência de frutas importadas com cotações competitivas no mercado. A expectativa da safra 2024/25 em relação à anterior é de recuperação de 55,5% na produção estadual.

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Bovinos

Nas duas primeiras semanas de outubro, o preço médio estadual da arroba do boi gordo apresentou alta de 3% em relação ao valor registrado no mês anterior. Quando se leva em consideração o valor recebido pelos produtores em outubro de 2023, registra-se alta de 10,3%, o que materializa a forte reação nos preços do boi gordo que vem sendo observada na maioria dos estados desde julho deste ano.

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A reduzida oferta de animais prontos para abate e a elevada demanda, tanto no mercado interno quanto externo, são responsáveis por esse acentuado movimento de alta observado na maioria dos estados. A forte seca que atinge grande parte do país, em especial a região Centro-Oeste, tem sido um fator crucial na redução da oferta.

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Os preços de atacado da carne bovina apresentaram altas expressivas nas duas primeiras semanas de outubro, quando comparados aos do mês anterior: 8,3% para a carne de dianteiro e 4,5%para a carne de traseiro. Na média, os preços apresentaram alta de 6,4%. No acumulado do ano, registra-se elevação de 9% nos preços médios.

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Frangos

Santa Catarina exportou 105,6 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada) em setembro. Isso significa uma alta de 25,3% em relação aos embarques do mês anterior e de 23,1% na comparação com os de setembro de 2023. As receitas foram de US$ 223,5 milhões – crescimento de 32,1% em relação às do mês anterior e de 33,4%na comparação com as de setembro de 2023. Esse é o melhor resultado mensal, em termos de receita, desde maio de 2019.

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No acumulado de janeiro a setembro, Santa Catarina exportou 856,4 mil toneladas, com receitas de US$ 1,67 bilhão alta de 4,6% em quantidade, mas queda de 4,7% em receitas, na comparação com os valores acumulados no mesmo período do ano passado. O estado foi responsável por 23,4% das receitas das exportações brasileiras de carne de frango deste ano.

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Nos primeiros nove meses deste ano, Santa Catarina produziu 662,2 milhões de frangos, ampliação de 0,5% em relação à produção do mesmo período de 2023.

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Suínos

Santa Catarina exportou 61,4 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) em setembro, queda de 0,7% em relação ao montante do mês anterior, mas alta de 10,1% na comparação com os embarques de setembro de 2023. As receitas foram de US$ 150,3 milhões, crescimentos de 0,1% na comparação com as do mês anterior e de 18% em relação às de setembro de 2023.

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No acumulado do ano, o estado exportou 527,4 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$ 1,22 bilhão – altas de 7,3% e de 1,5%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Santa Catarina respondeu por 57% das receitas e por 55,3% do volume de carne suína exportada pelo Brasil este ano.

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De janeiro a setembro deste ano, o estado produziu e destinou para o abate um total de 13,59 milhões de suínos, alta de 0,1% em relação à produção do mesmo período de 2023.

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Leite

Até setembro/24, as importações brasileiras de lácteos equivalem a 1,684 bilhão de litros de leite cru, 6,8% a mais do que os 1,577 bilhão de litros importados até setembro/23. Estima-se que essa quantidade tenha representado 8,4% da oferta total de leite inspecionado no Brasil. No mesmo período de 2023, representou 8%.

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Pelos dados preliminares dos levantamentos da Epagri/Cepa, o preço médio aos produtores catarinenses aumentou de R$2,66/l, em setembro, para R$2,81/l, em outubro. São raros os anos de aumentos de preços neste período, quando a produção nacional costuma estar em franco crescimento. As condições climáticas adversas em grande parte do Brasil dificultaram essa recuperação e sustentaram os preços.

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Leia aqui a íntegra do Boletim Agropecuário de outubro.

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Informações pra a imprensa: Isabela Schwengber, assessora de comunicação da Epagri, (48) 3665-5407/99161-9596

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Fonte: Governo SC

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