Foto: Divulgação
A professora Deyse Borges Machado, do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), participou do 2º Simpósio Internacional de Prevenção de Quedas em Pessoas Idosas, que ocorreu em São Paulo e reuniu profissionais da saúde em prevenção e manejo de quedas para debater diretrizes internacionais e sua adaptação no Brasil, assim como para promover a colaboração nacional e internacional em pesquisa.
A docente da Udesc Cefid, que integra o Departamento de Ciências da Saúde, lidera o Grupo de Pesquisa em Biomecânica e coordena o programa de extensão Saúde sem Quedas – Avaliação e Prevenção de Quedas em Idosos.
No evento, Deyse apresentou o trabalho científico “Saúde dos pés e risco de quedas em idosos”, que foi realizado no Laboratório de Biomecânica da Udesc Cefid e tem autoria dela, da professora Marta Cristina Rodrigues da Silva, que faz parte do Departamento de Educação Física, e de seis estudantes dos bacharelados em Educação Física e Fisioterapia: Camila Vieira da Silva, Beatriz da Cruz Mariano, Laura Mayer Corrêa, Bárbara Ilairdes da Silva Vieira, Bianca Monteiro Savi e Jerônimo Laureano das Chagas.
Nesse estudo, a equipe de pesquisa avaliou as relações entre o risco de quedas em idosos e quatro fatores: a amplitude de dois tipos de movimentos articulares do tornozelo (dorsiflexão e flexão plantar); a presença de hálux valgus, deformidade que afeta o dedão do pé e também é conhecida como joanete; a aderência dos dedos; e a aderência do hálux (dedão do pé).
As avaliações foram feitas com 22 pessoas idosas da Grande Florianópolis, com média de 70 anos. “Os idosos analisados apresentaram algumas patologias associadas. Por exemplo, 65% dos participantes eram hipertensos e 60% apresentavam algum problema de origem ortopédica. Os resultados do TUG [teste de mobilidade funcional Timed Up and Go] caracterizaram baixo risco de queda, mas 65% relataram uma ou mais quedas no ano”, comenta a professora Deyse.
O trabalho da Udesc Cefid concluiu que deformidades nos pés comprometem a funcionalidade e a dinâmica da marcha, aumentando o risco de quedas. “Nosso estudo indicou baixo índice de quedas, porém evidenciou deformidades e baixa funcionalidade, sugerindo a necessidade de tratamento nas condições avaliadas e a inclusão de exercícios para musculatura dos pés nos programas de prevenção de quedas”, destaca a docente.
Mestranda apresentou três trabalhos do Lapeq
A Udesc Cefid também foi representada no simpósio pela mestranda Alexia Andréa Fuzer Lira Pereira, que é orientada pelo professor Gilmar Moraes Santos no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFT) e integra o Laboratório de Postura e Equilíbrio (Lapeq). A pesquisadora apresentou três estudos do Lapeq:
Sobre o evento
O 2º Simpósio Internacional de Prevenção de Quedas em Pessoas Idosas foi promovido pelo grupo de pesquisa PrevQuedas Brasil, vinculado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) e pelo grupo de pesquisa Magic, ligado à Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
Além disso, contou com o apoio da Fragility Fracture Network Brasil, que integra a FFN, organização global que busca melhorar o cuidado aos pacientes com fratura por fragilidade, incluindo a prevenção secundária.
Um dos destaques da programação foi o médico geriatra canadense Manuel Montero Odasso, que também é pesquisador e coordenador da força-tarefa internacional das últimas diretrizes de prevenção de quedas. O Brasil, por exemplo, tem 32 milhões de idosos e mais de 9 milhões deles sofrem, ao menos, uma queda ao ano.
“As quedas têm origem multifatorial, mas podem resultar em fraturas, traumas e prejuízos psicológicos e sociais. Com o envelhecimento populacional, enfrentar os desafios da prevenção e do manejo das quedas é crucial para os profissionais da saúde, gestores de clínicas e hospitais e aqueles que trabalham com políticas públicas voltadas para pessoas idosas”, afirma a organização do simpósio.
Segundo a professora Deyse, é necessário que o idoso seja acolhido com relação ao manejo e à prevenção de quedas. Esse acolhimento deve iniciar já no âmbito familiar, sendo importante que o idoso fale a respeito e converse com sua família, seus amigos e profissionais da saúde. “Crie em conjunto estratégias que diminuam o risco de cair, prevenindo seu risco de quedas, sendo fisicamente ativo e melhorando sua qualidade de vida”, diz.
Mais informações
Mais informações sobre os estudos da Udesc Cefid sobre quedas de idosos podem ser obtidas pelo e-mail biomecanica.cefid@udesc.br.
Assessoria de Comunicação da Udesc CefidJornalista Rodrigo Brüning SchmittE-mail: comunicacao.cefid@udesc.brWhatsApp: (48) 98801-7729Telefone: (48) 3664-8637
Fonte: Governo SC
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