O professor Carlos Rutz ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (27), para expor o Projeto Oficina de Robótica, criado e desenvolvido por ele em escolas de Chapecó. Rutz também foi homenageado pelo deputado Cleiton Fossá (MDB).

Criado em 2014, a Oficina de Robótica é uma atividade extraclasse voltada aos alunos do primeiro ano do ensino médio e desenvolvida em escolas públicas de Chapecó. Por ela, os estudantes constroem e programam robôs, além de participarem de feiras e eventos de tecnologia e competições de robótica.

Por ser responsável pela oficina, Rutz, que é professor de matemática na EEB Bom Pastor, já recebeu o Prêmio Educador Elpídio Barbosa, concedido pelo Conselho Estadual de Educação (CEE-SC) e o título de Professor Inovador da Fapesc, entre outras honrarias.

Nesses dez anos, os estudantes da oficina participaram de eventos nacionais e internacionais de robótica e já foram premiados em algumas ocasiões. Em 2023, eles representaram Santa Catarina e o Brasil na Copa do Mundo de Robótica Escolar, realizada na Alemanha.

“Sou cria da escola pública e da universidade pública e estou onde sempre quis estar, que é na sala de aula, sendo professor”, disse Rutz.

A oficina é mantida com o apoio de familiares dos estudantes, empresas e organizações, além de campanhas de arrecadação realizadas para arcar com as despesas de viagem para a participação nos eventos.

Rutz lamentou o encerramento de editais que eram mantidos pelo Estado, por meio da Fapesc, para incentivo à educação básica, além de criticar a falta de tempo para que o professor planeje as atividades de laboratório. “Sem esse tempo, esses projetos, infelizmente, acabam inviabilizados”, disse.

O deputado Cleiton Fossá destacou a importância de iniciativas como a desenvolvida pelo professor Rutz. “A educação é fundamental para preparar nossos jovens. Vivemos a era da tecnologia e da inovação e é crucial que nossas escolas estejam preparadas para isso”, disse.

O parlamentar também lamentou que os professores sejam vítimas de patrulhamento. “Muitas lideranças que se acham patronos da moralidade usam as redes sociais para faltar com respeito aos professores.”

Fonte: Agência ALESC