Presidente do TRE/SC defende mais autonomia aos municípios

Chefe de Gabinete da Presidência, André Bernardi e a presidente do TRE/SC, desembargadora Maria do Rocio.ACESSE O SITE

Com um pronunciamento em defesa da revisão do Pacto Federativo que garanta mais autonomia aos municípios, a presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, desembargadora Maria do Rocio Luz Santa Ritta, ministrou palestra na tarde desta quinta-feira (7), no Congresso de Direito Constitucional e Legislativo, promovido pela Assembleia Legislativa.

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A desembargadora falou sobre “O Municipalismo Ressuscitado pelas Urnas” e chamou a atenção para a pauta que predominou na agenda de candidatos nas eleições deste ano, que é a incapacidade dos municípios em dar conta da tutela de todos os interesses locais, problema que ela atribui ao modelo do Pacto Federativo, que centraliza os recursos na União.

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Rocio citou dados apresentados em reunião dos governadores dos Estados do Sul e Sudeste realizada no Espírito Santo que apontam que a União arrecadou mais de R$112 bilhões com Santa Catarina, e repassou ao Estado, cerca de R$5 bilhões, valor que não chega a 5%.

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“Precisamos instituir a revisão possível e com a emergência devida do nosso Pacto Federativo, para que o município volte a ser o grande protagonista desta necessária transformação. Não existe autonomia política e administrativa sem autonomia financeira. E isso vale para os estados membros também.

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A presidente do TRE/SC reconheceu a complexidade da elaboração de um novo Pacto Federativo, mas defendeu ajustes estruturantes na posição federativa de Estados e Municípios, como uma mínima reforma na repartição tributária, ou a adoção de mecanismos que ampliem a autonomia de municípios e estados.

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“Enquanto as reformas não chegam, é preciso encontrar fórmulas que minimizem o avolumar de obrigações colocadas sobre os ombros dos municípios em confronto com as receitas públicas que lhe são destinadas. Muitos dos seus encargos são obrigações que se dividem com o Estado e a União em áreas, como saúde, educação e segurança É indispensável abrirmos horizontes de diálogo e de gestão”.

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Maria do Rocio instigou Santa Catarina a iniciar este movimento com a criação de ações estratégicas em defesa da autonomia estadual e municipal, unindo poderes e entidades com representação política, replicando essa iniciativa pelos municípios, e iniciando a identificação de possíveis cenários e soluções.

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“Outra iniciativa razoável seria a criação de uma coordenação estadual, voltada a perseguir os créditos e as transferências voluntárias com previsão legal que existem no próprio Estado e Brasília, para suprir as carências locais”.

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Representatividade feminina

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Outro aspecto que a presidente do TRE/SC abordou na sua palestra é a representatividade feminina em cargos eletivos. Segundo ela, as eleições municipais deste ano mantiveram os padrões das eleições passadas. “Há ainda um grande caminho a percorrer. Precisamos reduzir a distância que separa as mulheres das instâncias públicas decisórias”.

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A desembargadora defendeu a instituição de cotas de participação feminina em cargos públicos, a exigência do cumprimento desta política de inclusão como requisito obrigatório de acesso às transferências voluntárias de receitas provenientes do governo federal e estadual e a concessão de subsídios ou linhas de crédito privilegiados à iniciativa privada, para empreendedores empreguem em postos qualificados determinado percentual de mulheres.

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Gicieli DalpiazACESSE O SITE

Fonte: Agência ALESC

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