Presidente do Ciasc desmente notícias falsas e entrega voluntariamente documentação do projeto Saúde Digital ao TCE e ao MPSC

Foto: Jonatã Rocha / SECOM

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O presidente do Ciasc, Moisés Diersmann, protocolou junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público do Estado (MPSC) um ofício solicitando um parecer sobre a legalidade do processo de implementação do Projeto de Saúde Digital. O pedido reforça o compromisso do Estado com a total transparência e a legalidade do projeto.

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A solicitação ao TCE/SC e ao MPSC visa uma análise criteriosa de todas as fases do processo, desde o início até uma eventual formalização de contratos futuros. Atualmente, o projeto está em fase de análise para verificar a viabilidade e segurança, e não houve nenhum gasto de dinheiro público. No MPSC, o procurador-geral de Justiça agradeceu o gesto e o presidente do Ciasc afirmou que a instituição estará sempre à disposição para qualquer esclarecimento.

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“Foi o próprio governador Jorginho Mello que determinou que nós tomássemos essa ação de transparência. Estamos aqui para mostrar para todos que esse é um esforço que o Estado está se propondo a fazer em prol do cidadão, melhorando a gestão pública, tão criticada, com a participação de parceiros com expertise e estrutura, capaz de viabilizar a implementação dessa politica na maior brevidade”, frisa o presidente do Ciasc.

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Caso o projeto seja implementado, o objetivo é que os custos sejam proporcionais ao número de atendimentos realizados, permitindo um investimento gradual, controlado e eficiente. Para isso, o Ciasc lançou um chamamento público, para avaliar tecnicamente as propostas apresentadas pelas empresas interessadas, assegurando que o parceiro habilitado para a prestação do serviço ofereça uma solução segura, moderna e com valores justos.

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O Projeto de Saúde Digital visa ampliar o acesso à saúde para os catarinenses, atendendo também ao compromisso assumido no Plano de Governo. Com a iniciativa, espera-se reduzir custos para o Estado e os municípios e facilitar o acesso dos cidadãos, especialmente para quem reside em áreas distantes e enfrenta dificuldades de deslocamento ou de falta de recursos para atendimento médico. A proposta busca também reduzir filas e possibilitar que os cidadãos consultem profissionais especializados por meio virtual.

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NOTA OFICIAL

A respeito da suposta contratação por parte do Governo do Estado, a Secretaria de Estado da Saúde e o CIASC vem a público esclarecer que o contrato em questão sequer assinado está, o que ocorre no momento é uma avaliação da proposta feita pelo CIASC a partir de uma PPP construída com uma empresa do setor de telemedicina e que já tem a experiência de atender um governo estadual no país.

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A assinatura só ocorrerá a partir do momento em que ficarem comprovados todos os benefícios esperados com a nova tecnologia para ajudar a Secretária de Estado da Saúde a reduzir filas de especialidades médicas, como neurologia pediátrica, psiquiatria e endocrinologia, além da comprovação de um impacto positivo na redução de filas na atenção básica dos municípios catarinenses.

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A questão tecnológica é apenas um dos fatores buscados com a solução. O principal é o fornecimento de profissionais médicos que possam realizar os atendimentos sem que a Secretaria de Estado da Saúde precise fornecer seus próprios profissionais para esse trabalho.

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O único atendimento estadual de fato implementado no primeiro momento, se o contrato for assinado, é o da realização de 100 mil teleconsultas em especialidades médicas (neurologia pediátrica, endocrinologia e psiquiatria), para reduzir o número de pessoas que esperam nessas filas.

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A medida de telessaúde na atenção básica seria implementada apenas no Extremo Oeste catarinense em fase de teste. Se comprovada uma adesão por parte da população local, o serviço seria expandido para mais regiões. Isso poderia ser feito pela ampliação do contrato existente, se vier a ser assinado, ou por uma licitação direta por parte da Secretaria de Estado da Saúde com base nas informações coletadas nesse período de teste para os municípios dessa região.

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O custo previsto nessa proposta apresentada pelo CIASC para a Saúde pode envolver até 10 consultas dentro do mesmo valor, por exemplo, desde a primeira realizada até a última pré-cirurgica feita antes de o paciente ser atendido no Mutirão Fila Zero. E o Estado só paga algum valor a partir da utilização por parte do cidadão, sem um custo fixo para a Secretaria da Saúde.

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Ou seja, caso o contrato seja assinado, só será pago o que realmente for efetivado em atendimento para a população. E o valor pago será R$ 0 se ninguém utilizar o serviço fornecido pelo CIASC em parceria público-privada com a empresa.

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Nas consultas de especialidades, o custo é de R$ 90 por consulta com os médicos especialistas que atendem a PPP firmada entre o CIASC e a empresa de telemedicina. A SES buscou no CIASC o atendimento de uma demanda por teleconsultas para reduzir a fila de espera por especialidades médicas. Cabe ressaltar que não existe nenhum contrato vigente de telemedicina na SES que tenha consulta de médico especialista em atendimento direto ao cidadão.

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Foram dois momentos em que o CIASC abriu consultas públicas para empresas interessadas a partir de um portal de compras de abrangência nacional. No primeiro momento, três empresas se mostraram interessadas. No segundo momento, quando o Estado pegou o melhor do que foi ofertado por cada uma das empresas e fez um edital com todas essas exigências consolidadas, apenas uma empresa assumiu o risco de executar o serviço em PPP com o Ciasc.

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Nas duas oportunidades, todos os processos permaneceram por 15 dias úteis abertos a propostas, ou seja, cerca de um mês cada um dos processos para concretizar a PPP.

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Por ser uma estatal do Governo de SC, o CIASC pode firmar contratos diretos com as secretarias, mas esses mesmos contratos sempre devem observar o princípio da economicidade. Então, só se concretizam se houver comprovação de que o custo de R$ 90 por consulta médica especializada, por exemplo, está de fato abaixo do mercado.

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Para concluir, o que existe hoje como intenção mais concreta é a implantação da telemedicina para realizar 100 mil consultas de especialidades médicas em todo o Estado, o que ajudará a reduzir a fila de espera atual. Isso envolve um custo de R$ 2 milhões para implementação e R$ 9 milhões para a realização das consultas, que só serão pagos conforme forem sendo realizadas, a um custo de R$ 90 por consulta.

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Na parte da atenção básica, em apoio aos municípios, a intenção do Estado é realizar um projeto piloto e verificar a viabilidade da solução para garantir em um teste se ela pode de fato ser expandida para todas regiões. Nessa segunda questão, é um processo ainda em fase mais inicial, e que pode ou não se concretizar, a depender das condições ofertadas na proposta por parte do CIASC. Hoje o custo estimado para esse projeto piloto é de R$ 5 milhões, abrangendo oferta de consultas, exames, treinamento das equipes dos municípios e aplicativo destinado ao cidadão.

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Se a solução um dia vier a ser implementada em todo o estado, as estimativas de custo de R$ 500 milhões para atender todo o território catarinense tem também uma previsão de economia de cerca de R$ 500 milhões, com a redução de custos na demanda do atendimento direto nos hospitais.

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Ou seja, o projeto como um todo se pagaria apenas com a economia gerada a partir da adoção de uma nova tecnologia. Isso sem levar em conta o ganho de tempo e a redução da necessidade de espera em filas e de deslocamentos para os hospitais por parte da população.

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Não há previsão nem nunca houve de que seja realizado um contrato fixo de R$ 640 milhões, como afirmado de forma errada por alguns veículos de comunicação e lideranças da oposição ao governo.

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Os custos estimados são bem abaixo e, em especial, só serão pagos, se o contrato vier a ser assinado, com base nos atendimentos de fato realizados.

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Fonte: Governo SC

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