Plenário aprova projeto que revoga medidas cautelares contra Julio Garcia

Por maioria de votos, os deputados aprovaram nesta terça-feira (20) o Projeto de Resolução (PRS) 5/2021, de autoria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, que revoga as medidas cautelares impostas pela 1ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis contra o deputado Julio Garcia (PSD). A aprovação da resolução possibilitará que o parlamentar retorne ao exercício do mandato.

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O PRS 5/2021 altera duas resoluções, aprovadas pela Alesc em janeiro e fevereiro, nas quais foram revogados dois mandados de prisão contra Julio Garcia. Uma das resoluções (1/2021), aprovada em janeiro, revogava também as medidas cautelares impostas contra o deputado, como recolhimento noturno, proibição de se ausentar da comarca de Florianópolis e uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, a juíza federal Janaína Cassol Machado entendeu que competia à Assembleia Legislativa apenas se manifestar sobre a prisão, não cabendo ao Parlamento decidir sobre a suspensão do mandato e das funções legislativas.

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Diante da decisão da magistrada, a Procuradoria Jurídica da Alesc ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 26 de janeiro com a Reclamação (RCL) 45610, com pedido de liminar, na qual questionou o despacho da juíza federal. A procuradoria argumentou que caberia ao Plenário da Alesc decidir sobre todas as medidas aplicadas pela Justiça Federal – e não apenas sobre a decretação da prisão -, conforme entendimento anterior do Supremo. A liminar foi negada, mas, no dia 22 de fevereiro, o ministro relator do caso, Edson Fachin, concordou com o entendimento da procuradoria da Assembleia e considerou legítima a deliberação dos deputados sobre as medidas aplicadas pela juíza Janaina Machado contra Julio Garcia.

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O projeto de resolução aprovado nesta terça-feira se baseia na decisão do ministro Edson Fachin. Com isso, além de referendar a revogação da prisão domiciliar do deputado, cuja decisão já havia sido acatada pela juíza federal, os parlamentares também revogam as medidas cautelares que, conforme o texto do PRS 5/2021, inibem de forma direta ou indireta o regular exercício das funções parlamentares.

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Manifestações O projeto foi aprovado com 31 votos favoráveis, três contrários e três abstenções. Durante a votação, o deputado Kennedy Nunes (PSD) afirmou que a proposta referendou o que os deputados haviam aprovado em janeiro, quando revogaram as medidas cautelares contra Julio Garcia. “Estávamos corretos na outra votação”, disse. “Quem não foi correto foi a magistrada que não obedeceu o que determina a Constituição.”

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Milton Hobus (PSD) afirmou que a Assembleia, ao aprovar a resolução, estava apenas cumprindo uma determinação do STF e devolvendo os direitos ao deputado Julio Garcia. “Todos nós somos testemunhas que a magistrada agiu em detrimento dos direitos constitucionais de um parlamentar. Hoje é o deputado Julio Garcia, amanhã pode ser qualquer um de nós”, comentou.

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Embora tenha votado favorável ao projeto, o deputado João Amin (PP) não discutiu o mérito ou a legalidade da prisão, mas criticou a forma como a questão foi conduzida pela Assembleia. Para ele, as votações das resoluções ocorreram de forma açodada, sem que os deputados tivessem conhecimento das decisões judiciais.

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“A Assembleia passou por cima da decisão judicial e foi constrangida”, comentou. “Até hoje o deputado permanece com medidas restritivas. E ele é o maior prejudicado disso tudo. Devemos ter subsídios neutros, isentos e técnicos para votar o assunto.”

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Os votos contrários foram dos deputados Bruno Souza (Novo), Jessé Lopes (PSL) e Sargento Lima (PL). Abstiveram-se da votação Ana Campagnolo (PSL), Coronel Mocellin (PSL) e Marcius Machado (PL).

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O PRS 5/2021 será transformado em resolução e entrará em vigor assim que for publicado no Diário Oficial da Assembleia.

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