Na manhã desta sexta-feira (3), a Polícia Federal deflagrou uma nova etapa de fiscalização em indústrias de bebidas alcoólicas, com foco em adulterações nos produtos. As diligências ocorreram em três estados — São Paulo (Campinas), Minas Gerais (Poços de Caldas) e Santa Catarina (Chapecó e Joinville) — com destaque para a atuação nas unidades catarinenses.
Em Chapecó e Joinville, agentes federais coletaram amostras de bebidas fabricadas e armazenadas para análise químico‑sanitária. O objetivo é identificar se há presença de substâncias proibidas ou em concentrações acima dos limites legais — como o metanol, altamente tóxico — bem como verificar a rastreabilidade dos lotes e responsabilizar as empresas envolvidas.
A escolha dessas duas cidades catarinenses reforça que o estado está diretamente inserido nas investigações sobre adulteração de bebidas. A operação pretende proteger consumidores locais e assegurar que as bebidas comercializadas em Santa Catarina atendam às normas sanitárias vigentes.
A Polícia Federal atua em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para garantir que os insumos utilizados na produção das bebidas sejam conformes. Além disso, busca-se verificar se há substâncias proibidas ou em excesso, como o metanol, e também apurar quem são os responsáveis pela fabricação, transporte ou manipulação dos lotes.
Todos os produtos coletados serão encaminhados a laboratórios especializados, que farão exames detalhados para confirmar a presença de adulterações químicas.
O país enfrenta um surto de intoxicações associadas ao consumo de bebidas adulteradas com metanol — um químico altamente nocivo, que pode provocar cegueira, coma ou morte.
Até o momento, são 59 casos suspeitos registrados, com 11 confirmações laboratoriais. A PF investiga ainda se há conexão entre o esquema de falsificação de bebidas e organizações criminosas que desviam solventes usados em combustíveis.
A ingestão de metanol pode causar efeitos graves, como sintomas neurológicos, visuais, e insuficiência renal — sendo necessária intervenção médica urgente.
Para a população de Santa Catarina, vale reforçar:
Evite comprar ou consumir bebidas de origem desconhecida ou sem lacres confiáveis.
Prefira sempre estabelecimentos regulamentados e verifique rótulos, selos, datas e procedência.
Em caso de sintomas como tontura, náuseas, visão embaralhada, consulte imediatamente um serviço médico.
A PF deve aprofundar a investigação sobre a cadeia produtiva das bebidas adulteradas identificadas em Santa Catarina — desde fornecedores de matérias-primas até os pontos de venda. As análises laboratoriais serão fundamentais para identificar os responsáveis e orientar medidas judiciais e sanitárias.
Além disso, a Polícia Federal anunciou que dará apoio aos estados e municípios para identificar o “DNA do metanol”, o que pode agilizar as investigações e fortalecer o trabalho local.
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