Operação Acapulco: PCSC conclui inquérito com o indiciamento de cinco pessoas e indisponibilidade de bens que somam R$ 93 milhões

Foto: Divulgação / PCSC

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A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Investigação de Crimes Ambientais e Crimes contra as relações de consumo (DCAC/DEIC) finalizou o Inquérito Policial referente a Operação Policial Acapulco deflagrada no dia 13 de agosto, em Florianópolis, que culminou na prisão preventiva de uma pessoa. A investigação, que teve início em 2020, desmantelou uma verdadeira associação criminosa, liderada pelo homem que foi preso, integrada por seus familiares que compõem a associação de forma estável, cada um com tarefas específicas.

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Ao final do inquérito policial, remetido ao Ministério Público nesta quinta-feira, 22, cinco pessoas foram indiciadas pelos crimes de parcelamento irregular do solo urbano qualificado, associação criminosa, crime ambiental de corte de vegetação rasteira e lavagem de dinheiro, todos integrantes da mesma família. 

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A associação criminosa operava como uma verdadeira empresa familiar, com divisão de tarefas entre os investigados. Havia o líder, proprietário da imobiliária e das glebas de terra em que realizava o parcelamento, os outros dois atuavam nas vendas dos imóveis irregulares, já as duas indiciadas eram responsáveis pelas questões administrativas e eram usadas como laranjas conscientes na lavagem de dinheiro.

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Na tentativa de dissimular a origem do dinheiro, proveniente dos crimes operados pelo grupo, o líder constituiu duas pessoas jurídicas “fantasmas”. Ficou demonstrado no decorrer da investigação que as duas empresas nunca tiveram qualquer atividade operacional, conforme declarado para a Receita Federal, todavia, a movimentação bancária não correspondia à realidade fiscal, já que movimentou montantes expressivos de dinheiro nas contas. Apurou-se que as contas bancárias eram utilizadas, praticamente de forma exclusiva para recebimento dos valores, oriundos das vendas dos imóveis irregulares, pagamento de novas glebas e aquisição de veículos de alto valor.

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A mulher de um dos integrantes do grupo chegou a receber auxílio emergencial, proveniente do Governo Federal, em razão da pandemia de Covid-19, porém, naquele mesmo ano movimentou na sua conta bancária pessoal um valor bem expressivo, próximo a R$ 1 milhão de reais, inclusive, adquiriu uma moto aquática, por mais de R$ 100 mil.

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No trâmite do inquérito policial, diversos compradores dos imóveis irregulares prestaram depoimento, todos foram uníssonos em afirmar que adquiriram os terrenos do investigado preso, sempre com a promessa de que seriam operadas melhorias de infraestrutura e, posteriormente, a regularização por meio de REURB.

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Os primeiros moradores do local, por volta do ano de 2018, sequer tinham rede de energia elétrica disponível, confessaram terem providenciado a ligação clandestina e, após a CELESC interromper o fornecimento, ajuizaram ação para conseguir regularizar o recebimento de energia elétrica sendo que em partes de algumas ruas, ainda não ocorreu a instalação regular da rede elétrica.

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Em uma das servidões abertas clandestinamente pelo líder do grupo criminoso, o IPTU é único, está em nome dele e os moradores da rua fazem o rateio do valor, conforme detalhado por um dos moradores em depoimento.

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Foram executadas as medidas assecuratórias deferidas pelo Juízo de Garantias da Vara Metropolitana, resultando na apreensão de oito veículos, duas motocicletas, dois reboques e 2 (duas) motos aquáticas, somando o valor de aproximadamente R$ 2 milhões. Além da apreensão de tais veículos constou restrição no órgão de trânsito de mais quatro veículos, que não foram localizados até o momento, somando um montante de R$ 500 mil.

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Nove imóveis, que possuem escritura pública individualizada foram sequestrados, no valor estimado de R$ 10 milhões.

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Após representação da Autoridade Policial, o Poder Judiciário determinou a anotação de indisponibilidade de 231 imóveis, registrados apenas com inscrição imobiliária no cadastro da Prefeitura Municipal de Florianópolis. Esses imóveis sem escrituras públicas individualizadas somam o montante de aproximadamente R$ 80 milhões.

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Com a soma de todos os imóveis e veículos chega-se ao montante de R$ 93 milhões.

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Durante a investigação, identificou-se uma casa de veraneio, situada na Costa da Lagoa de propriedade do investigado, a qual além de ter sido adquirida por meio de imóveis irregulares, a edificação está totalmente inserida em área de preservação permanente, sendo urgente sua demolição. A referida casa é utilizada apenas para lazer, frequentada aos finais de semana pelo grupo familiar. Logo, não há justificativa para manter uma edificação totalmente irregular em área de preservação permanente. O caminho deverá ser a demolição.

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Fonte: Governo SC

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