Observadores que vão acompanhar eleição em Petrolândia visitam a Alesc

Representantes do Transparencia Electoral e da Conferência Americana de Organismos Electorales Subnacionales por la Transparencia Electoral (Caoeste) estiveram na manhã desta quinta-feira (10) na Assembleia Legislativa para conhecer o funcionamento do Parlamento catarinense e para agradecer o apoio institucional recebido para a atuação no Brasil. Eles foram recebidos pelo presidente da Casa, deputado Mauro de Nadal (MDB), e pelo 2º vice-presidente, deputado Kennedy Nunes (PSD).

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A presença dos observadores internacionais em Santa Catarina tem o propósito de acompanhar as eleições que acontecem neste domingo (13) em Petrolândia, município de cerca de 5 mil habitantes localizado no Alto Vale do Itajaí. Esta será a primeira experiência do tipo no Brasil.

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Na visão de Rodrigo Fernandes, que atua como juiz eleitoral em Santa Catarina e diretor da Escola Judiciária do Estado, a presença da delegação internacional em Santa Catarina é histórica e funcionará como ponto de partida para o desenvolvimento de um sistema complementar de acompanhamento das eleições brasileiras. “Apesar de proporcionalmente pequena, acreditamos que a eleição no município de Petrolândia seja a primeira semente plantada para que, lá na frente, nós possamos colher bons e grandes frutos no que se refere a esse processo de intercâmbio, de observação eleitoral.”

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Ele frisou, entretanto, que o papel dos observadores não é atuar como fiscais ou garantidores do pleito, mas somente acompanhar e reunir informações. “Ao final eles fazem um relatório interno, que é disponibilizado para todo o mundo, dentro de suas organizações, e compartilhado com o tribunal local, no caso o nosso Tribunal Regional Eleitoral. Então vai ser auferido se houve ou não o sigilo das votações, o respeito aos horários de início e encerramento das votações, a garantia à acessibilidade daqueles eleitores que têm dificuldade de locomoção.”

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Opinião semelhante foi apresentada pelo representante do Transparencia Electoral de El Salvador, Nicolas Ernesto Noyola Mendoza. “A experiência de intercâmbio de observações eleitorais no Brasil e no mundo é pra incrementar a legitimidade no processo. O trabalho dos observadores é somente observar. Ao final realizamos atas, informes, e os apresentamos aos nossos chefes de missão, que depois poderão ser apresentados a uma outra instância, que pode ser um organismo internacional ou uma OnG.”

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A mexicana Claudia Isela Guzman Gonzalez, que preside o Instituto para o Desenvolvimento Democrático e Competitividade e atuou recentemente em eleições no Peru, Argentina, El Salvador e Equador, apontou três aspectos como fundamentais para os observadores. “Analisamos o manejo do voto no momento da apuração, a transmissão dos dados, que gera a confiabilidade, e, sobretudo, a integridade do processo, que é o que confere a qualidade do próprio sistema democrático.”

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Olhar estrangeiro Presidente da Caoeste, o advogado Marcelo Ramos Peregrino Ferreira destacou a importância do trabalho realizado pelas entidades internacionais de acompanhamento eleitoral. Ele já trabalhou como observador internacional na Colômbia (2018), Peru (2019), El Salvador (2021) e Equador (2021).

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“As missões internacionais são um instrumento de aferição da qualidade de uma democracia. Nós temos um olhar estrangeiro sobre a legalidade, a veracidade, a obediência aos procedimentos. Vemos se uma eleição é transparente, se representa a veracidade do voto do leitor.”

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Na ocasião, ele convidou os deputados estaduais catarinenses a participarem como observadores nos próximos pleitos a serem acompanhados este ano, no Chile, Honduras e Argentina. “A Assembleia Legislativa de Santa Catarina tem uma tradição neste sentido, com o deputado Kennedy já tendo participado de missões internacionais e presidir a Copa [Confederação Parlamentar das Américas], por isso se insere nesse esforço internacional das democracias.”

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Para o presidente da Alesc, deputado Mauro de Nadal, a presença dos observadores em Petrolândia servirá também como uma oportunidade para que os estrangeiros possam conhecer um pouco mais da experiência de 25 anos do Brasil com a utilização do sistema de voto eletrônico e seus mecanismos de controle e transparência.

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“Essa troca de informações é muito rica, ao ponto em que a gente consegue evoluir cada vez mais na busca de ferramentas mais seguras ainda. Já para os países que estão inaugurando esse modelo eleitoral, o Brasil serve como um grande exemplo. Não como uma matriz para levar e copiar, mas como um experimento importante para aprimorarem e criarem os seus próprios sistemas de votação eletrônica.”

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