Lideranças de Joinville cobram mais recursos para o Hospital Municipal São José

Vereadores, secretários municipais e lideranças dos hospitais Municipal São José e Regional Hans Dieter, de Joinville, terão até o final deste mês para encaminharem uma proposta para que o governo estadual custeie 30% da folha de pagamento do Hospital São José ou que seja apontada outra solução que garanta recursos de aproximadamente R$ 68 milhões para obras de infraestrutura no município. Esse foi o principal encaminhamento da audiência pública semipresencial, realizada na noite desta terça-feira (13), pelas comissões de Saúde e a de Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa.

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O deputado Sargento Lima (PL), proponente da audiência pública, avaliou como produtivo o evento e que, a partir de agora, seu gabinete irá trabalhar com análise comparativa de recursos destinados a outros hospitais e regiões do estado. “A ajuda ao Hospital São José tem que ser diferenciada, ele é o maior do estado, tem uma estrutura de 1,7 mil funcionários, 270 leitos e atende 1,4 milhão de pessoas de Joinville e cidades vizinhas.” Ele enfatizou ainda que o hospital, apesar de ser municipal, atende alta e média complexidade, de responsabilidade do estado.

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Para o deputado, uma das soluções poderia ser o estado repassar o valor destinado para obras de infraestrutura do município ou que o Hospital Regional Hans Dieter assuma o atendimento de alta e média complexidade, aliviando a carga do hospital municipal. “Vamos aguardar até o final do mês as propostas e lembrar que não estamos colocando a faca no pescoço do governo do estado, queremos propostas reais e que podem ser enviadas pelo governo.”

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O secretário municipal de Saúde e presidente do Hospital Municipal São José, Jean Rodrigues da Silva, enfatizou que a grande fatia investida em saúde compromete a capacidade de investimento do município. Segundo ele, no ano passado Joinville investiu R$ 268 milhões na área da saúde, com a seguinte origem de recursos: 22,5% federais, 2,2% estaduais e 75,3% de Joinville. Ele acrescentou que o município de Joinville é grande repassador de impostos para o estado.

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O diretor-executivo do Hospital São José, Fabrício da Rosa, salientou que o orçamento do hospital só é menor do que o orçamento das 30 maiores cidades do estado, pois atende as regiões Norte e Nordeste. Já o secretário municipal da Fazenda, Flávio Martins Alves, defendeu que o estado tem condições de avançar em mais apoio ao hospital, comparando que o São José tem mais servidores municipais que Laguna ou Rio Negrinho. De acordo com Alves, o dinheiro que Joinville gasta com saúde é maior que todo o orçamento de Lages, sétimo maior município catarinense.

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Os vereadores Wilian Tonezi (Patriota) e Kiko do Restaurante (PSD) defenderam que o estado custeie 30% da folha de pagamento do hospital municipal. Tonezi lembrou que somente no primeiro quadrimestre deste ano, 39% do orçamento do município foram para a saúde. “Se o município aplica este recurso no hospital ele tira dinheiro de outras áreas. Não queremos criar despesas para o estado, mas precisamos dividir essa conta.”

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Já o vereador Kiko reforçou o argumento que o hospital municipal atende toda região Norte e Nordeste e que todo o recurso arrecadado com o IPTU de Joinville não cobra os gastos do hospital. “O hospital precisa de investimentos para continuar funcionando e atendendo toda região.” Ele explicou que o percentual de 30% foi calculado em cima do número de pessoas de fora de Joinville que utilizam o hospital.

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Sem orçamento O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, afirmou que o município de Joinville não custeia sozinho com o funcionamento do Hospital Municipal São José e que somente no ano passado o Estado e a União repassaram cerca de R$ 100 milhões para o seu funcionamento. “É um hospital de excelência e que presta um serviço importante para toda região, mas o estado não tem como assumir constitucionalmente a folha salarial. Não temos orçamento para fazer essa mudança.”

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O secretário da Fazenda, Paulo Eli, lembrou que em 2018 o estado teve que assumir e pagou uma divida de mais de R$ 1,2 bilhão para a saúde catarinense e que durante a pandemia esses recursos foram duplicados. Garantiu que o governo estadual já está preparando um plano pós-covid-19 para atender toda demanda existente, como o caso de 100 mil cirurgias eletivas reprimidas durante este período.

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Paulo Eli explicou ainda que se for criada uma despesa para atender essa demanda terá que ser apresentada uma fonte de recurso, e que isto significará criar novos impostos, ou retirar renúncia fiscal de algum setor. “O dinheiro terá que sair de algum lugar. Não temos orçamento para atender essa demanda.”

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