IMA concede Licença Ambiental de Operação para unidade de compostagem em Complexo Penitenciário

Fotos: Divulgação/ Penitenciária Regional de Curitibanos

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O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), concedeu a Licença Ambiental de Operação (LAO) da Unidade de Compostagem instalada no Complexo Penitenciário de São Cristóvão do Sul. A licença concedida à Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (SEJURI), possibilita o início das atividades de compostagem dos resíduos orgânicos produzidos no complexo, que inclui a Penitenciária Regional de Curitibanos, a Penitenciária Industrial de São Cristóvão do Sul e a Unidade de Segurança Máxima de São Cristóvão do Sul.

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A presidente do IMA, Sheila Meirelles, destaca que a compostagem é uma alternativa ambientalmente correta que contribui diretamente para a redução dos passivos ambientais, sendo essa uma licença importante concedida pelo Instituto por meio da Coordenadoria Regional do Meio Ambiente (CODAM) de Caçador.

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“A destinação dos resíduos sólidos é uma pauta tratada pelo Instituto de maneiras diversas, seja através do licenciamento ambiental, cujo objetivo é contribuir com o desenvolvimento econômico e sustentável em Santa Catarina sem deixar de priorizar o controle ambiental, seja através da execução de programas importantes como o Penso Logo Destino, que tem articulado ações entre municípios catarinenses e entidades gestoras para potencializar o recolhimento e a destinação correta de itens da logística reversa”, explica Sheilla.

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Conforme o diretor da Penitenciária Regional, Jair Antônio França, o projeto de compostagem surgiu de uma proposta apresentada pela secretaria, por meio da Gerência Técnica de Edificação (Geted). “O objetivo principal da implantação da unidade de compostagem é reaproveitar o material orgânico gerado pela cozinha terceirizada responsável pela preparação das refeições destinadas aos internos do Complexo Penitenciário de São Cristóvão do Sul”, explica França.

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Atualmente, esse resíduo é descartado em aterros sanitários. “Com a implantação, esse material será processado na própria unidade e se transformará em adubo. Futuramente, também existe a possibilidade de receber material orgânico proveniente do município de São Cristóvão do Sul, ampliando o projeto”, explica o diretor. O adubo gerado a partir do processo de compostagem será utilizado, inicialmente, nas lavouras existentes na unidade prisional.

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Produção

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A unidade conta com cerca de seis hectares de terra agricultável, onde são cultivados mais de 30 tipos de hortaliças e frutas durante o ano todo. “É utilizada a mão de obra dos reeducandos na produção de hortaliças e frutos como alface, almeirão, alho, alho-poró, beterraba, cebola, chicória, cenoura, chuchu, feijão-preto, mel, milho, moranga, moranga cabotiá, nabo, pepino, pimenta, rabanete, repolho, rúcula, tempero verde, tomate, dentre outras. Destaca-se também a presença de parreirais de uva, cujos frutos são utilizados na produção de sucos”, conta França.

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Parte desses alimentos são comercializados localmente. Segundo o diretor, caso a produção de adubo aumente, será estudada a possibilidade de venda do produto para o público externo, gerando receitas adicionais para o Fundo Rotativo Regional Serrano, que financia parte das políticas públicas prisionais e socieducativas.

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Como funciona

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O projeto da compostagem de resíduos orgânicos e produção de fertilizantes aproveita restos de alimentos gerados dentro dos restaurantes e da produção de hortaliças. Os materiais são encaminhados para o barracão de compostagem e lá são separados e misturados com palhas secas ou serragem, o que permite a fermentação e a decomposição dessa matéria orgânica.

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Há um controle de temperatura e o revolvimento periódico do material. O tempo para o composto estar pronto é de aproximadamente seis meses, após esse processo ele pode ser utilizado em cultivos orgânicos de hortaliças, frutíferas e plantas ornamentais.

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O barracão onde a atividade será realizada tem uma área de 419 metros quadrados e, de acordo com as informações constantes na LAO, pode receber até 30 toneladas de resíduos orgânicos diariamente.

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Controles ambientais

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Além da autorização para o funcionamento, a Licença também especifica os controles ambientais que precisam ser obedecidos para que a compostagem e os resíduos gerados a partir dela causem menos impacto ao meio ambiente. Entre essas ações de controle está a operação em galpão coberto com piso impermeável, a coleta do líquido resultante da compostagem e a destinação de todos os efluentes para a Estação de Tratamento existente na Unidade Prisional. Também é necessário que seja respeitado o período termofílico mínimo, em que a temperatura do composto é mais elevada, o que reduz os agentes patogênicos, entre outras medidas sanitárias e legais apontadas na LAO.

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Fonte: Governo SC

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