Em seu pronunciamento durante a reunião extraordinária, promovida pela Comissão de Urbanismo, Obras, Serviços Públicos e Meio Ambiente, da Câmara de Vereadores de Joinville, na tarde desta quinta-feira (12), em Joinville, a deputada Paulinha (sem partido) foi taxativa ao afirmar convictamente que a economia de Santa Catarina corre riscos imensuráveis com a possibilidade de exploração de petróleo no litoral. “Nosso mapa pesqueiro é o mesmo mapa desenhado pela extração petrolífera. Corremos o risco de não termos mais a pesca da tainha, de não termos mais o turismo em nosso litoral, enfim os prejuízos serão incalculáveis”, disse.
Agradecendo o convite e enaltecendo o engajamento de Joinville, maior munícipio catarinense no movimento #MarSemPetróleo, a parlamentar destacou, novamente, que o que mais choca é que esta decisão da ANP foi realizada sem nenhum estudo técnico preliminar a respeito desse assunto. "Foi uma decisão arbitrária, definida em audiência pública no Rio de Janeiro, sem a participação de ninguém de nosso Estado”, alertou.
Ela comentou que entre os encaminhamentos da audiência pública, que discutiu “Os impactos econômicos e socioambientais da exploração de petróleo no litoral catarinense", está o abaixo assinado virtual #MarSemPetróleo que está ganhando engajamento nas redes sociais.
Para votar e se engajar, basta acessar o link http://chng.it/mvbMdsnt. A audiência pública na Alesc aconteceu no dia 5 de agosto, proposta pela Frente Parlamentar Ambiental, coordenada pela deputada Paulinha Paulinha pontuou ainda as outras iniciativas que buscam garantir apoio ao tema no Estado.
Citou o lançamento da carta aberta de Florianópolis, um verdadeiro manifesto público para sensibilizar e apelar ao Governo Federal e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis para a realização de uma audiência pública, com devida amplitude no âmbito nacional que o tema carece, com a participação dos representantes dos Estados envolvidos e, de quebra, a suspensão imediata da 17ª rodada da ANP até que sejam conclusos todos os estudos técnicos referentes ao tema foi o resultado efetivo de mais de duas horas de intenso e esclarecedor debate a respeito do impactos da exploração de petróleo no litoral catarinense.
“Buscamos ainda o envolvimento efetivo dos órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e no Ministério Público Federal (MPF)”, disse a deputada Paulinha. “Apelamos para que o MPSC e o MPF acompanhem a ação judicial que pede o cancelamento do leilão até que as etapas legais sejam cumpridas."
E mais um dado preocupante se soma aos impactos que a exploração de petróleo e gás se torne uma realidade no litoral catarinense. Cerca de 300 mil pessoas podem perder seus empregos caso isso acontecer.
A deputada Paulinha participou desse evento em Joinville feito pelo vereador Henrique Deckmann (MDB), que questiona a necessidade de novos poços no mar de SC e defende a transição da matriz energética, principalmente porque os potenciais econômicos catarinenses estão essencialmente na indústria, na inovação tecnológica, no turismo e na pesquisa científica.
Além de Paulinha, a reunião terá a participação de especialistas do Instituto Arayara, UFSC de Joinville, Univille, Udesc, Observatório de Petróleo e Gás, Frente Parlamentar Ambientalista Nacional dos Vereadores. Foram convidados também convidados representantes da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina e da Amunesc.
Valquiria Guimarães Assessoria de Comunicação Deputada Paulinha 048 991047676
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