De 175 municípios pesquisados, 50 não poderiam fornecer água na União Europeia

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Dos 175 municípios pesquisados, em 60 foram constatados resíduos de agrotóxicos na água e cinquenta deles sequer poderiam fornecer água à população se estivessem localizados na União Europeia.

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A informação foi repassada pela doutora em Química, Sônia Corina Hess, durante reunião do Fórum Catarinense de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos, realizada nesta segunda-feira (11), na Assembleia Legislativa, com o apoio da Comissão de Turismo e Meio Ambiente.

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“No Brasil a lei permite cinco mil vezes mais glifosato que na União Europeia. A gente viu amostra de água com 13 diferentes agrotóxicos e está tudo bem. Por que? Porque está dentro do normal (previsto na legislação) e não existe limite para a soma dos resultados”, criticou Sônia.

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O engenheiro agrônomo Matheus Fraga, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), concordou com Sônia Hess.

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“Já peguei amostra de água com 29 produtos diferentes”, registrou Matheus.

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Segundo Sônia Hess, 79% dos agrotóxicos são aplicados em somente quatro culturas: 52% na soja; 10% no milho; 10% na cana-de-açúcar; e 7% no algodão. Mas os maiores problemas, de acordo com o representante da Cidasc, estão relacionados com o uso do acefato, carbendazim e clorpirifós.

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“Velhos, cheios de problemas no país e continuamos usando. O tomate usa agrotóxico banido, mas usam porque não sabem que é proibido, porque é o agrotóxico que têm acesso. O nosso desafio dos próximos anos tem de ser a orientação e a tecnologia da aplicação, se utilizar corretamente já diminui a quantidade aplicada”, avaliou Matheus, acrescentando que o morango, alface, pêssego e rúcula estão entre as culturas que utilizam esses agrotóxicos proibidos na União Europeia.

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A lixeira do mundo De acordo com levantamento feito pela doutora Sônia Hess, em 2013 foram comercializadas 495 mil toneladas de agrotóxicos no Brasil, enquanto em 2021 a quantidade foi de 719 mil toneladas.

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“Foram cerca de 3,4 kg por habitante em 2021”, pontuou Hess, que comparou o crescimento no uso dos agrotóxicos com o aumento da área cultivada.

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“O uso entre 2013 e 2021 aumentou 45%, enquanto a área cultivada aumentou somente 19%. Conclusão? A quantidade de veneno utilizada aumentou muito por hectare”, sustentou a pesquisadora.

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Conforme dados levantados pela doutora Hess, em 2021 foram comercializadas 219 mil toneladas de glifosato; 62 mil toneladas de 2,4D; 50 mil toneladas de mancozeb; e 35 mil toneladas de acefato.

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“Aparecem em nossa comida, na água. Todos banidos na União Europeia, isso nos dá a condição de lixeira, somos a maior lixeira química do mundo”, garantiu Sônia Hess.

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Os campeões do agrotóxico De acordo com o representante da Cidasc, as regiões que mais consomem agrotóxicos são o Planalto Norte, o Oeste e a região de São Joaquim.

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“O glifosato é o mais utilizado”, apontou Matheus Fraga, completando que na cultura da soja são utilizados 10 kg de agrotóxicos por hectare; cebola, 50 kg por hectare; maçã, 94 kg por hectare; fumo, 4 kg por hectare; milho, 17 kg por hectare; tomate, 97 kg por hectare; banana, 11 kg por hectare.

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“Este levantamento ajuda a Cidasc a focar no que realmente tem risco, como a fruticultura, que por usar uma tecnologia de aplicação defasada, tem mais riscos. O uso correto é bem complexo e custa caro, mas temos de fazer, temos de ensinar o agricultor a utilizar de forma correta, não é difícil o desafio, dá para evoluir e trabalhar de forma diferente”, opinou Matheus Fraga.

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Sugestões aos legisladores Doutora Sônia sugeriu a revisão dos limites de resíduos de agrotóxicos permitidos na água e nos alimentos; a proibição da pulverização aérea; cobrança de impostos relativos à comercialização dos agrotóxicos, muitas vezes isentos; incentivo à produção de alimentos orgânicos para humanos; e a proteção dos mananciais.

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“Principalmente banir os banidos, para a gente deixar de ser a lixeira do mundo, porque se a gente tivesse dignidade, quando um produto for proibido em algum lugar, deveríamos proibir também”, opinou Sônia Hess.

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Deliberações O deputado Marquito (Psol), presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Alesc, participou da abertura e destacou a importância do tema. A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, também esteve presente. Ela destacou o trabalho da companhia no controle de resíduos nos alimentos e na orientação dos produtores rurais. “Consideramos essa pauta muito importante”, afirmou.

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Durante a plenária, os membros do fórum deliberaram sobre a realização de um encontro ampliado, a ser realizado em março do ano que vem, na Alesc, além reforçarem o posicionamento do fórum contra o projeto de lei aprovado no Senado Federal, conhecido como PL dos Agrotóxicos, que modifica as regras de aprovação e comercialização desses produtos, seguindo orientação do fórum nacional. A preocupação com o uso de drones para a pulverização de lavouras também foi abordado durante a plenária.

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Vitor SantosACESSE O SITE

Fonte: Agência ALESC

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