As dificuldades e desafios das instituições religiosas de Santa Catarina diante da pandemia do novo coronavírus em Santa Catarina foram debatidos em webconferência no final da tarde desta terça-feira, 9, entre o governador Carlos Moisés, deputados estaduais e representantes de igrejas do estado. O tema do encontro foi motivado pelas restrições das atividades religiosas presenciais nos fins de semana diante do agravamento da Covid-19 no estado.

Mesmo sendo considerado um serviço essencial, regulamentado por decreto estadual vigente, a realização de cultos e missas estava permitida somente de segunda à sexta-feira. Nos últimos dois fins de semana, os templos podiam abrir para o público, desde que não realizassem nenhum tipo de atividade. Além disso, também estava limitado o número de frequentadores dentro do espaço religioso.

Durante a reunião virtual, o governador reconheceu a importância das igrejas nesse momento de pandemia e agradeceu a oportunidade de poder ampliar o diálogo com o segmento. Carlos Moisés se comprometeu a buscar alternativas, baseadas em avaliações técnicas, para construir o melhor cenário possível daqui pra frente. “Entendemos que a igreja cumpre um papel fundamental na administração do sofrimento e da angústia das pessoas, que precisam do carinho e da atenção dos religiosos. Também sabemos que as igrejas seguem o regramento, cumprem as normas e, por isso, vamos chegar a um bom termo”, disse.

O chefe do Executivo ressaltou ainda todo o esforço do Estado para minimizar os impactos da pandemia do novo coronavírus paraa sociedade catarinense. “Temos muitos desafios ainda, como a falta de insumos, mas avançamos na instalação de mais de mil leitos para atendimento aos pacientes, construídos dentro dos nossos hospitais, com investimentos reais”, afirmou o governador.

Os deputados estaduais Jair Miotto, Ismael dos Santos e Sérgio Motta também participaram da reunião virtual em defesa ao setor religioso, que contou ainda com a presença do chefe da Casa Civil, Eron Giordani, e do secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.

“Estamos analisando todos os cenários e tentando impor um impacto menor. Estamos olhando com muito carinho e iremos considerar todas as questões apresentadas pelos religiosos”, reforçou o secretário Motta Ribeiro.

O presidente do Conselho dos Pastores, pastor Nilton dos Santos, ressaltou a importância da abertura das igrejas aos fins de semana para dar apoio psicológico e emocional ao público. “O culto de domingo é cultural, muitas pessoas não conseguem participar durante a semana. Por isso nosso apelo para que as normas sejam revistas e possamos estar mais perto dos nossos fiéis, e conseguirmos acalmar os anseios e angústias da população nesse momento”, afirmou.

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