A Assembleia Legislativa promoveu, na noite desta quinta-feira (31), uma sessão especial em homenagem ao Movimento Hip Hop em Santa Catarina. Durante a solenidade, realizada por iniciativa do deputado Marquito (Psol), foram destacadas 25 personalidades, tais como músicos, produtores de eventos, artistas plásticos, ativistas, entre outros profissionais, que contribuíram para o desenvolvimento desta manifestação cultural no estado.
O Hip Hop surgiu na década de 1970, nos subúrbios de Nova Iorque, nos Estados Unidos, como uma forma de se opor à violência, miséria, tráfico e roubos que se proliferavam na região. O movimento chegou ao Brasil dez anos depois, transformando o modo de vida de diversas pessoas no país.
Na abertura do evento, Marquito, que é autor de uma lei que instituiu a Semana Estadual do Hip-Hop, destacou a importância do tema para Santa Catarina.
“Estamos no cinquentenário de criação do movimento Hip Hop e para nós é muito importante dar essa visibilidade para a cultura periférica. Este movimento é resultado do esforço da juventude e da periferia em se expressar, seja pela música, seja pela poesia, seja pela expressão do grafite. E até pela expressão política que significa. Então, é importante essa Casa representativa reconhecer que Santa Catarina e as comunidades também produzem cultura, conhecimento e expressão.”
O jornalista e rapper Edson Amaral, o “Edsoul”, ressaltou, por sua vez, a evolução do Hip Hop em Santa Catarina.
“De um modo geral, o Hip Hop em Santa Catarina tem praticamente a mesma idade dos mais antigos do país. Nós temos registros no berço do nosso Hip Hop no estado, que é o bairro Monte Cristo, em Florianópolis, já a partir de 1988, 1989 e início dos anos 1990. Mas ele se estabelece, se concretiza, se solidifica, de fato, por volta de 1993. E hoje nós não temos mais um número certo de pessoas que fazem parte dessa cultura, que se estabeleceu e que salva jovens no mundo inteiro.”
Falando em nome dos homenageados, Jussara Pereira de Lima, pioneira do Rap feminista no estado, falou sobre a contribuição do Hip Hop para a sociedade catarinense, sobretudo a residente nas periferias da Capital.
“O Hip Hop contribui muito para a nossa maneira de viver, para a nossa construção. Muitos dos seus participantes viraram empreendedores, muitos estudaram bastante, experimentaram uma mudança de vida. Um resgate da vida, isso é o que o Hip Hop representou aqui para Florianópolis, onde foi possível trabalhar a socialização, a educação e a saúde das comunidades.”
Confira aqui mais fotos do evento.
Homenageados
Fonte: Agência ALESC
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