A Assembleia Legislativa de Santa Catarina sediou nesta segunda-feira (24) o 1º Seminário de Regionalização da Saúde Catarinense, encontro que reuniu gestores públicos, especialistas, profissionais do setor e representantes de entidades para debater caminhos para aprimorar a gestão e melhorar o atendimento à população. O evento, promovido pela Secretaria de Estado da Saúde com apoio da Comissão de Saúde da Alesc, teve como tema “Governança que fortalece redes e transforma o cuidado”.
Ao abrir o seminário, o secretário estadual da Saúde, Diogo Demarchi Silva, destacou que o processo de regionalização vem sendo estruturado desde 2023, com foco em aproximar decisões e ações das necessidades reais das comunidades. Ele lembrou que Santa Catarina é dividida em oito macrorregiões e 17 regiões de saúde e reforçou a importância de alinhamento entre municípios, Fecam, Alesc e demais poderes para consolidar uma rede integrada. “A proposta é avançar de forma conjunta, garantindo que o trabalho feito na ponta tenha sentido e gere resultados consistentes”, afirmou.
Durante o encontro, foram apresentadas análises sobre o modelo atual de organização regional, ressaltando desafios como a necessidade de maior eficiência na gestão, melhoria na comunicação entre cidades e fortalecimento das redes de atenção. Segundo Demarchi, o seminário também permitiu revisar as ações já executadas e organizar um cronograma para os próximos passos.
Planejamento Regional Integrado avança no estadoUm dos destaques do evento foi a apresentação do avanço do Planejamento Regional Integrado (PRI), documento que orienta prioridades, define estratégias e estrutura os Planos Regionais de Saúde. O trabalho contou com participação das 17 Gerências Regionais, do COSEMS, do Ministério da Saúde e de equipes municipais. Mais de 750 profissionais participaram de oficinas nas macrorregiões. Para 2025, o foco será a rede materno-infantil, diante do aumento dos índices de mortalidade materna e infantil.Demarchi reforçou que a construção de instrumentos mais sólidos de governança e a criação de comitês regionais fazem parte das propostas do Estado para qualificar a tomada de decisão. “É essencial reorganizar fluxos e padronizar calendários de planejamento para garantir continuidade e fortalecer o cuidado regionalizado”, afirmou.
Resultados, desafios e fortalecimento das redesA troca de experiências entre gestores e profissionais também foi apontada como passo fundamental para consolidar uma governança integrada entre as macrorregiões. O secretário executivo do COSEMS-SC, Clemilson Augusto de Souza, avaliou que o debate é crucial para compreender as demandas reais e orientar a distribuição dos serviços. Segundo ele, identificar vazios assistenciais e planejar novas ofertas é indispensável para equilibrar a relação entre demanda e capacidade de atendimento.Os participantes reforçaram ainda que a regionalização é estratégica para aproximar o atendimento da realidade local, permitindo respostas mais rápidas, acolhedoras e alinhadas às necessidades de cada comunidade. Para que isso avance em Santa Catarina, destacaram, é fundamental manter uma governança baseada em planejamento, cooperação, transparência e participação social — elementos essenciais para transformar o cuidado e fortalecer as políticas públicas em 2026.
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