FOTO: Giovanni Kalabaide
A sua arte marcante, de cores vibrantes e que tinha Florianópolis como uma das inspirações, rendeu à artista plástica manezinha, Valda Costa, uma comparação com outro expoente da pintura brasileira, Di Cavalcanti.
Mulher preta, nascida nos anos 50, no Morro do Mocotó, no bairro Estreito, na Capital, a mostra “Valda Costa” (1951 -1993) está com suas obras desde quinta-feira (22) expostas na Galeria de Arte Ernesto Meyer Filho, no Parlamento catarinense, em Florianópolis. Uma iniciativa da Bancada Feminina da Alesc, a exposição “Valda Costa” é ainda mais emblemática por celebrar o Agosto Lilás, mês de reflexão, de conscientização e de combate contra a violência doméstica feminina .
Superação na arte
As 28 telas retratam a vida de superação e de desafios da artista plástica Valda Costa, que era autodidata e que, desde criança, manifestava o seu talento para a pintura e desenho.
Nascida como Vivalda Terezinha da Costa, Valda Costa foi musa inspiradora do artista catarinense Martinho de Haro. Mãe de seis filhos, enfermeira e cabeleireira, Valda era definida como uma mulher visionária, destemida e que enfrentou a violência doméstica e social transformando a dor em arte.
A arte levou Valda a frequentar as altas classes sociais de Florianópolis a partir da década de 1970. A artista viveu, assim, duas realidades: o morro e a alta sociedade.
Sua carreira artística é conceituada, por quem a conheceu, como exuberante, marcante, forte, linda e rápida. Transtornos psicológicos e a sua morte precoce, aos 42 anos, interromperam sua trajetória.
A exposição “Valda Costa” está aberta a visitação pública até o dia 5 de setembro.
Agência AL
Fonte: Agência ALESC