A 3ª Temporada de Exposições do Museu de Arte de Blumenau (MAB) terá trabalhos que surgem do jogo poético de três artistas inspirados no romance fantástico e emblemático do escritor italiano Ítalo Calvino, “As Cidades Invisíveis”, publicado em 1972. A obra literária é composta por textos curtos, que despertam no imaginário do leitor infinitos tempos e espaços ao descrever a geografia humana de cidades do vasto império mongol do século XIII, intercalados por diálogos entre o famoso mercador e viajante veneziano Marco Polo e o imperador e conquistador Kublai Khan.
A curadora Lilian Barbon diz que as imagens que serão expostas são um convite para diferentes reflexões e percursos, entre os quais se inclui o da dimensão poética, ao tecer uma rede de cidades fabulosas e ambíguas, únicas e infinitas. “As obras desembarcam nas margens de lugares e afetos plurais e por vezes paradoxais”, observa. “Há também a dimensão urbana, ao pensar a cidade como obra entreaberta ao imaginário coletivo, na qual elementos da realidade e da fantasia se misturam e se reorganizam em novas e múltiplas perspectivas. E, ainda, a dimensão humana, ao buscar o olhar para a humanidade, contemplando o passado, o presente e o futuro e revelando relações sociais e conexões com muitas cidades imaginárias que habitam os sonhos, desejos e medos de cada um de nós.”
Mergulho na imaginação
Parafraseando Italo Calvino, “as cidades, como os sonhos, são construídas por desejos e medos, ainda que o fio condutor de seu discurso seja secreto, que as suas regras sejam absurdas, as suas perspectivas enganosas e que todas as coisas escondam outra coisa”. As cidades aqui são espaços desfocados na memória e no tempo. Trata-se de uma pequena coleção íntima de imagens que refletem uma dimensão só alcançável mediante um mergulho sensível no espaço da imaginação.
Saiba mais
Abertura da 3ª Temporada de Exposições no MAB
Data: quinta-feira, dia 6 de julho
Horários
19h: conversa com curadores e artistas expositores
20h: abertura da 3ª Temporada de Exposições do MAB, lançamento de livros, declamação de poema e apresentação musical
Visitas: até 30 de agosto, de terça-feira a domingo, das 10h às 16h
Visitas mediadas: podem ser marcadas pelo telefone 3381-6176
Classificação indicativa de idade: Livre
Entrada gratuita
Sobre os artistas
Paola Campos: natural de Belo Horizonte, é formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é professora no Centro Universitário Unihorizontes e na PUC Minas e associada ao escritório Diadorim Arquitetura, Urbanismo e Arte. Em 1996, participou de um curso de verão sobre História da Arte na Escola do Louvre, em Paris (França). A partir de 2018, passou a se dedicar com ao estudo de fotografia e pesquisa histórica, perspectivas e linguagens e ao desenvolvimento de projetos, com especial interesse pela fotografia híbrida, buscando desenvolver um olhar cuidadoso aos repertórios artísticos e às potencialidades estéticas e culturais de criação e conexões socioespaciais.
Marco Moreira: natural de Belo Horizonte, é biólogo formado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente coordena o vestibular da Unifenas-BH. Durante toda a carreira como professor sempre foi fascinado pela fotografia, a começar pelas fotos em biologia. Em 2019, começou a estudar fotografia e direcionou os conhecimentos para outras áreas até se encontrar na fotografia artística. Com a mesma paixão que trabalhou a Biologia, encara esse novo e prazeroso desafio de produzir fotos, primeiro com um olhar diferenciadamente artístico, depois com o coração apaixonado e por último com a alma inquieta.
Alfredo Tibúrcio: natural da Ilha de Santa Catarina. Licenciado e doutor em Química, dedicou-se ao magistério, na Universidade Federal de Santa Catarina, em cursos de graduação e de pós-graduação. Durante esse período de docência teve oportunidade de trabalhar com fotografia analógica, no registro de experimentos e obtenção de ilustrações visuais. Atualmente, está direcionado ao estudo e trabalhos relacionados à fotografia híbrida, que consiste no cruzamento de linguagens e técnicas. “Buscar a experiência estética por meio de processos de nada adiantaria se as imagens resultantes não tocassem quem as cria e quem as vê”, diz o artista.
Assessor de Comunicação: Sérgio Antonello
Fonte: Prefeitura de Blumenau – SC