A deputada Luciane Carminatti (PT) chamou de incoerentes figuras conhecidas por suas visões conservadoras e de ultra-direita que aceitam participar de cerimônias e receber honrarias que destacam Antonieta de Barros, a primeira deputada negra a ser eleita para um cargo público no Brasil, quando se tornou deputada estadual de Santa Catarina, em 1934.
“Antonieta lutou incansavelmente contra o racismo, a discriminação e a opressão de minorias e querer receber qualquer referência a ela é: ou reafirmar essas lutas; ou dar vexame, expondo a incoerência e a fragilidade das posturas e declarações adotadas, que vão contra essas lutas.”
Segundo a deputada, aceitar receber a Medalha Antonieta de Barros é defender e reafirmar, ainda hoje, declarações de Antonieta publicadas em jornais e revistas da época como: “As mulheres precisam ocupar seus lugares na vida pública. Não somos inferiores aos homens em nada, exceto em oportunidades”; ou “Não há justiça sem igualdade, não há igualdade sem liberdade e não há liberdade sem respeito à individualidade”; ou ainda “A educação é a chave para a igualdade. Precisamos investir em uma educação de qualidade para todos, independentemente de sua cor, gênero ou origem social”.
Luciane ressaltou que esses são os ideais que estarão presentes todas as vezes que se evocar o nome da Antonieta e que uma outra homenagem vai marcar este 8 de março, que é o evento “8M Antonieta”.
Na capital, o evento contará com uma série de atividades, incluindo palestras, debates, apresentações culturais e outras formas de expressão artística, voltadas para a emancipação das mulheres e a luta contra a discriminação e a violência de gênero.
A deputada frisou que qualquer evento que se associe ao 8 de março deve ser para celebrar as conquistas das mulheres e refletir sobre os desafios ainda enfrentados para garantir a igualdade de gênero e o respeito aos direitos humanos. “Diferente deste objetivo, não é 8 de março”, disse.
“E vocês já sabem em qual tipo de evento eu me farei presente. Estarei com todas e todos que se engajam na luta pela igualdade e pelos direitos das mulheres em Santa Catarina e no mundo”, acrescentou.
Juliana Wilke
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Fonte: Agência ALESC – Gabinetes
