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População de SC cresceu e a mobilidade não. Precisamos correr atrás do prejuízo

Ganhou destaque na imprensa a informação de que Santa Catarina teve um acréscimo de 1,5 milhão no número de habitantes em 12 anos.

É o que apontam as projeções do Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Saltamos de 6,3 milhões de habitantes para 7,8 milhões.  É o terceiro estado brasileiro com maior crescimento populacional desde a última pesquisa do órgão, realizada em 2010.

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Os dados também mostram o que é visível a olho nu: a maior parte dessa população se instalou em cidades do litoral. Florianópolis, por exemplo, viu sua população crescer nesse período 36%; Jaraguá do Sul, 35%; Joinville quase 20%. Juntas, Palhoça e São José dobraram a população e somam mais de 524 mil habitantes; já a população de Itajaí, saltou 58%, passando de 183 mil para 293 mil habitantes.

Pouca surpresa eu diria. Além do movimento migratório interno para o litoral, devido à concentração econômica,  Santa Catarina se destaca nacionalmente em vários quesitos como  geração de emprego e crescimento econômico e isso atrai pessoas de todo o país e de outras nações em busca de oportunidades.

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A surpresa mesmo é ver que  a estrutura de mobilidade rodoviária, principalmente no litoral, continuou a mesma nesses 12 anos. A nossa principal artéria, a BR-101, está estrangulada. A única rodovia federal duplicada não comporta a demanda. Já faz tempo que trechos urbanos da rodovia ficam constantemente congestionados, como os quilômetros entre Penha e Itapema ou de Biguaçu a Palhoça. Um martírio para motoristas, perdas econômicas enormes para empresas, vidas em risco.  Nem o sinal de celular é regular.

Mas não é só a capacidade da BR-101 que preocupa. As obras de duplicação das rodovias BRs-470 e 280 seguem em ritmo de tartaruga há anos e só não foram paralisadas devido aos recursos direcionados pelo governo catarinense no ano passado. Só para a 470 já foram pagos  R$ 182 milhões, de um total de R$ 300 milhões empenhado pelo governo catarinense.

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O transporte ferroviário, que poderia reduzir o tráfego de caminhões, virou lenda. Milhões foram gastos no projeto da ferrovia interligando os portos de Imbituba, no Sul, e São Francisco do Sul, no norte, mas a burocracia dos órgãos ambientais e da Funai sepultaram a iniciativa. Outros milhões foram gastos no Estudo de Viabilidade Técnica Ambiental e Econômica da Ferrovia ligando o Extremo-Oeste ao Litoral, mas obra de fato, nada.  Duas ferrovias que dariam grande competitividade logística para Santa Catarina seguem no papel e no discurso político.

Santa Catarina não pode parar e há luz no fim do túnel. O contorno Viário da Grande Florianópolis, obra que deveria ter sido entregue em 2012, tem promessa de conclusão para dezembro deste ano.   Outra boa ação: ano passado o governo do Estado abriu processo de licitação para a construção de uma rodovia paralela à BR-101, com 145 quilômetros, que iniciaria em Joinville e seguiria até Biguaçu. Essa rodovia é vital, já que as cidades praticamente engoliram a BR-101, não havendo como aumentar o número de pistas.

Precisamos correr atrás do prejuízo. É preciso unidade da classe política para pressionar o poder público a realizar os investimentos necessários para que Santa Catarina siga prosperando, gerando qualidade de vida para a população.  A democracia elegeu novos governantes, aqui e em Brasília. Que essa mudança garanta o que é de direito do estado que, apesar de pequeno territorialmente, é mola propulsora da economia do país.

*Dr. Vicente Caropreso
Deputado Estadual – Santa Catarina

Fonte: Agência ALESC – Gabinetes

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