O Governo Federal deve lançar um novo programa social destinado aos cidadãos que recebem até dois salários mínimos. De acordo com informações oficiais, o benefício será chamado de “Desenrola”.
Após anunciar o lançamento do programa, que se trata de umas das promessas feitas pelo presidente Lula, o ministro Fernando Haddad informou a data de liberação nesta semana. O ministro da Fazenda aproveitou para anunciar que, além do “Desenrola”, o governo deve realizar em breve a correção da tabela do Imposto de Renda.
Novo benefício Desenrola
A princípio, o programa será destinado aos cidadãos que recebem até dois salários mínimos. De acordo com informações oficiais, o objetivo será facilitar a renegociação de dívidas.
Trata-se de uma das medidas realizadas pelo ministério da Fazenda para movimentar a economia do país. A expectativa é que mais dívidas sejam quitadas para que o consumo volte a aumentar e assim a renda volte a evoluir.
A saber, o programa deve atender um total de 40 milhões de cidadãos que se encontram em situação de inadimplência. Como já mencionado, os beneficiários do programa devem receber até dois salários mínimos, que equivale a R$ 2.640 atualmente.
O Desenrola será uma tentativa de ajudar o incentivo da economia sem, necessariamente, passar pelo Banco Central, que atualmente se nega a reduzir a Selic.
Salário mínimo deve ter novo reajuste no mês de maio
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o salário mínimo, atualmente de R$ 1.302, passará por um novo reajuste ainda neste ano. A saber, o último reajuste ocorreu no dia 1º de janeiro.
“Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio”, afirmou o ministro em entrevista.
Além do novo reajuste do piso nacional, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo também é uma das prioridades do Ministério.
“Nós conseguimos mostrar que era possível controlar a inflação, gerar empregos e crescer a renda, crescer a massa salarial dos trabalhadores do Brasil inteiro, impulsionado pela Política de Valorização do Salário Mínimo, que consistia em, além da inflação, garantir o crescimento real da economia para dar sustentabilidade, para dar previsibilidade, para dar credibilidade acima de tudo para todos os agentes. É importante que os agentes econômicos, o empresariado, os prefeitos, os governadores, saibam qual é a previsibilidade da base salarial do Brasil, e o salário mínimo é a grande base salarial do Brasil”, disse.
“Veja, se esta política não tivesse sido interrompida a partir do golpe contra a presidenta Dilma e o governo tenebroso do Temer e do Bolsonaro, o salário mínimo hoje estaria valendo R$1.396. Veja só: de R$1.302 para R$1.396 é o que estaria valendo o salário mínimo hoje. Portanto, foi uma política que deu muito certo”, ressaltou Luiz Marinho.