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Carnaval encanta joinvilenses e reúne mais de 15 mil pessoas

A avenida Beira-rio foi palco de um grande espetáculo na noite de sábado (11/2), quando as escolas de samba de Joinville realizaram seu desfile de Carnaval. O sentimento de alegria pelo retorno da festa somou-se ao orgulho dos foliões e à animação da plateia, que lotou a arquibancada e as calçadas ao longo dos 300 metros reservados ao desfile, em frente ao Centreventos Cau Hansen. Cerca de 15 mil pessoas foram à avenida para conferir as seis horas de atrações.

Segundo o prefeito de Joinville Adriano Silva o resgate ao desfile era importante para a autoestima da cidade, que acolhe todas as formas de manifestação cultural.

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“Vivemos dois anos de pandemia, sem festa, e agora retomamos o Carnaval de forma muito bem organizada, com um fluxo muito bem pensado, e com quatro escolas de samba. É fantástico ver a Beira-rio cheia de pessoas curtindo essa festa, que é da cultura brasileira, e aqui em Joinville também temos que valorizá-la e aplaudi-la”, afirma.

O público começou a chegar por volta das 18 horas, alguns com cadeiras e banquinhos para assistir ao desfile com conforto, outros com fantasias e muito pique para cair na folia ao som da bateria e do samba-enredo de cada escola. Para alguns espectadores, era a primeira vez como plateia de um desfile de Carnaval, caso de Selena Cordeiro, 24 anos.

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“Meu pai me falava dos desfiles de outros anos e, quando ele convidou para virmos assistir, achei que seria uma ótima oportunidade de prestigiar a festa, ainda mais depois da pandemia. Achei lindo ver gente com crianças, muitas famílias, tudo bem lindo, organizado e animado”, conta Selena.

A saudade do Carnaval também levou muitos foliões à arquibancada da Beira-rio. A família de Alessandra Bernardo Joaquim tem tradição no samba em Joinville, com histórico de participação nos desfiles dos anos 80 e 90, e neste ano, parentes desfilaram em todas as escolas. Eles reuniram mais 20 membros na plateia, e formaram um dos grupos mais animados.

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“A sensação de ter Carnaval de novo é muito boa. Temos parentes e amigos que estão levando essa cultura adiante, e a noite de hoje é um exemplo muito bonito dessa força, pela participação e empolgação de todas as escolas”, avalia.

Para Sueli Chestrem também foi uma noite de resgate às raízes e à descendência. Ela passou pela avenida representando a mãe, Zelândia Custódio da Costa, a Fioca, que foi homenageada pela Príncipes do Samba.

“Representar a minha mãe não é fácil. Ela foi uma mulher guerreira, uma mulher do Carnaval, que nos ensinou o que é o samba. Foi uma honra, e pudemos sentir como o público foi contagiado pela alegria”.

O presidente da Liga das Escolas de Samba de Joinville, Deyvid da Silveira, festejou o sucesso do desfile.

“É uma reconstrução que estamos tendo na cultura de Joinville, junto com as escolas de samba, a comunidade e a Prefeitura. Não foi fácil para as escolas estarem bonitas como estão hoje, porque a produção tem um custo muito alto, mas as comunidades se abraçaram e se ajudaram. Agora, a gente veio pra ficar no calendário e, com certeza, já começaremos a falar sobre 2024 na próxima semana, para que o Carnaval de Joinville seja cada vez maior e melhor”, reforça.

Escolas levaram criatividade e emoção para a avenida

A emoção teve início com a passagem do Afoxé Omilodê pela avenida, em sua lavagem simbólica do caminho por onde depois passaria o desfile. Adultos e crianças derramaram água de cheiro e fizeram a defumação da pista ao som dos tambores e atabaques enquanto ofereciam flores ao público.

A Fusão do Samba abriu o Desfile das Escolas de Samba. A agremiação aproveitou para homenagear a tradição da festa em Joinville e relembrou enredos que fizeram sucesso na década passada. Entre eles estava uma homenagem ao Mestre Ernesto, o mais antigo mestre de bateria de Joinville ainda em atividade — e o próprio Ernesto deu o ritmo durante o desfile, à frente da bateria, animando o público.

A importância do ferro para a humanidade, com uma exaltação à Ogum, o orixá que representa a prosperidade, foi o tema da segunda escola. A Unidos do Caldeirão passou pela avenida em tons de amarelo para relacionar um dos minerais mais fortes do planeta ao papel religioso que cumpria há milênios e à riqueza, e fechou com uma ala com seus foliões trajando uniformes da indústria, relacionando-o também ao desenvolvimento de Joinville.

Um novo dia começava quando a Príncipes do Samba entrou na avenida para relembrar Fioca, a dama do Carnaval joinvilense, que faleceu em 2019. A comissão de frente trouxe as três fases da vida da antiga porta-bandeira ao colocar uma menina, uma adolescente e uma mulher saindo de uma cabine no primeiro tripé, como uma máquina do tempo, e destacou marcos do samba joinvilense com a Avenida Cuba e a velha guarda do Kênia Clube.

A Unidos pela Diversidade, ciente da responsabilidade de agitar o público quando o relógio já passava das duas horas da madrugada, levou muita cor e animação para o desfile. O enredo falava sobre Oxumaré, divindade das religiões afro-brasileiras, que tem caractarísticas que se identificam com o simbolismo da escola. O desfile levantou a avenida com alas homenageando o orixá que representa a transformação das coisas, a passagem do tempo e o mito que conta sua história, com a borboleta, o arco-íris e a serpente.

O Carnaval de Joinville é uma realização da Prefeitura, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, e da Liga das Escolas de Samba de Joinville.

Fonte: Prefeitura de Joinville

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