A Bancada Feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e a Procuradoria Especial da Mulher no Palácio Barriga Verde firmaram na noite desta terça-feira (29), na sala da Presidência do Parlamento, um acordo de parceria com o Projeto Justiceiras e a Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ) de Santa Catarina, como forma da entidade oferecer atendimento jurídico às mulheres vítimas de violência.
“O trabalho que o Justiceiras faz é aquele elo que muitas vezes nos falta, que é chegar com o apoio jurídico às mulheres que enfrentam a violência, nós na Alesc recebemos muitas denúncias e muitas vezes temos que correr atrás de advogados e muitas vezes não sabemos como fazer a defesa dessa mulher, porque não cabe ao Parlamento, acho que com essa sintonia vai trazer um resultado positivo que é de chegar àquela mulher que não conseguimos chegar com a força da justiça”, destacou a coordenadora da Bancada Feminina da Alesc, deputada Luciana Carminatti (PT).
A parceria foi firmada durante reunião com as deputadas Ada de Luca (MDB), coordenadora da Procuradora Especial da Mulher, Marlene Fengler (PSD) e a deputada Luciana Carminatti, além de representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e da ABMCJ, com a ex-promotora de Justiça de São Paulo Gabriela Manssur. Durante a reunião foi apresentado um balanço das atividades do Observatório da Mulher da Alesc, da Procuraria da Mulher e das atividades desenvolvidas pela Bancada Feminina.
“Será mais uma ferramenta para auxiliar a Procuradoria, a Bancada Feminina e as procuradorias municipais, parta darem encaminhamentos jurídicos necessários nos casos de violência contra a mulher”, reforçou Carminatti.
Gabriela Manssur explicou que o Projeto Justiceiras visa a suprir a necessidade de canais e sistemas alternativos para combater e prevenir à violência de gênero. O objetivo é atender meninas e mulheres vítimas de violência doméstica. Dessa forma, os institutos reúnem o maior número possível de mulheres voluntárias nas áreas do Direito, Psicologia e Assistência Social de todo o Brasil, para que acolham, apoiem e prestem orientação técnica à distância, por meio do atendimento virtual. Por meio do “Justiceiras”, também há busca por mulheres que desejem compartilhar experiências de vida, profissional e que possuem empatia com o tema da violência contra a mulher, em exercício de solidariedade e esperança.
ABMCJ
O Projeto As Justiceiras em Santa Catarina será coordenada pela advogada, presidente da comissão Santa Catarina da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ) e líder do Comitê de Combate a Violência do Grupo Mulheres do Brasil, Ingrid Hofstatter.
A ABMCJ é uma organização não governamental formada por ministras, desembargadoras, juízas, promotoras de justiça, advogadas, procuradoras, delegadas de Polícia, bacharéis e outras que detêm no Direito e na Justiça a sua carreira profissional.
Em Santa Catarina, atua desde 1992 tendo auxiliado a implementação dos Juizados Especiais de Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, das Delegacias das Mulheres, a implantação da lei Maria da Penha, além das cotas em licitações para mulheres vítimas de violência.
Fonte: Agência ALESC