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Lançado edital para contratação de comunidades terapêuticas

O secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto, e o secretário-adjunto, Alexandre Lencina Fagundes, informaram na tarde desta quarta-feira (19), aos deputados da Comissão de Prevenção e Combate às Drogas, a prorrogação do edital do Programa Reviver até o dia 30 de dezembro para contratação de vagas em 72 comunidades terapêuticas e o reajuste dos valores pagos de R$ 1 mil per capita, para R$ 1,5 mil para adultos e R$ 2 mil para adolescentes, idosos e gestantes acolhidos.

Orçamento para atender as comunidades terapêuticas, que deverá destinar dez vagas ao programa por unidade, já foi encaminhado à Assembleia Legislativa e prevê um investimento de R$ 10 milhões por ano.

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“Uma das principais novidades deste edital, principalmente depois de ouvir as associações de comunidades terapêuticas e a comissão da Alesc, foi a qualificação das comunidades, estamos falando de licenciamentos necessários, habilitação e qualificação da própria equipe de direção destas comunidades, além de ampliarmos os valores destinados por acolhidos”, destacou o secretário Aldo.  Ele informou que 54 comunidades terapêuticas já se cadastraram no novo edital e a previsão é de que o número deverá ser ampliado para mais de 70 até o final do ano. Atualmente, no estado, há mais de 90 comunidades terapêuticas.

O deputado Ismael dos Santos (PSD), presidente da comissão, enalteceu sinal verde dado pelo governo do Estado para lançamento de um novo edital para a contratação de mais vagas e para ampliar o número de comunidades terapêuticas que são beneficiados pelo Programa Reviver.  “Foi uma reunião bem prestigiada e quero agradecer a presença do secretário da Saúde para essa chamada pública às comunidades terapêuticas e é muito importante a prorrogação até 30 de dezembro.”

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Ismael, que em 2023 assume uma das 16 vagas de Santa Catarina como deputado federal, informou que pretende trabalhar em Brasília para implantação de comissão permanente de Prevenção e Combate às Drogas. “Quando chegamos aqui na Alesc criamos uma frente de trabalho e depois com apoio dos demais parlamentares criamos a comissão. O desafio agora, em Brasília, com mais de 20 milhões de dependentes químicos no Brasil, só em drogas pesadas e sem falar na dependência do álcool, é repetir em Brasília o que temos aqui na Alesc e termos uma comissão permanente. No Congresso há apenas uma frente parlamentar.”

Reviver
O Reviver foi idealizado com base nos dados levantados pela comissão que evidenciaram a existência de 70 mil usuários de crack em Santa Catarina e 700 mil atendimentos pelos serviços do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) em função de problema com álcool. “Então os números nos levaram a projetar um trabalho de parceria com as comunidades terapêuticas, que são espaços onde as pessoas que querem voluntariamente superar a dependência química podem trabalhar, baseadas em quatro eixos: terapia ocupacional, disciplina, convivência entre pares e espiritualidade. Todas elas trabalham nesta perspectiva”, afirmou Ismael.

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O parlamentar ressaltou que as comunidades terapêuticas desenvolvem um trabalho essencial na sociedade e que devolvem para o cidadão que sofre com a dependência química qualidade de vida, oportunidade e futuro.

Conen sem estrutura
O presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen), Fernando Henrique da Silveira, aproveitou a reunião da comissão e fez um desabafo sobre a falta de estrutura do órgão, que no dia 19 de novembro completa 40 anos no Estado. O órgão, que há quatro meses tinha uma sala no Complexo de Segurança Pública Delegada de Polícia Lúcia Maria Stefanovich, localizado no bairro Capoeiras, em Florianópolis, está desalojado e uma das duas funcionárias que atendem o conselho perdeu gratificação de R$ 900 mensais. “Nós temos a obrigação de fiscalizar as mais de 90 comunidades terapêuticas, mas sem funcionários e sem sala fica difícil.”

O Conen também tem o papel de elaborar políticas públicas em Santa Catarina e precisa do apoio dos demais secretários estaduais para liberar os conselheiros para participarem das reuniões, além do apoio para ações do conselho, destacou o dirigente. “Estamos aqui na reunião pedindo apoio dos deputados para que sensibilizem os gestores da área de Secretaria de Segurança Pública para reestabelecer o nosso espaço físico para trabalhar, fornecendo mais funcionários e condições para não inviabilizar as nossas fiscalizações.”

Ele lembrou ainda que legalmente há uma previsão de um fundo para o Conen, que até hoje não foi viabilizado pelo governo estadual para que o órgão possa, ao visitar as comunidades, levar algum efeito prático, ajuda a essas comunidades, como cartilhas e cursos. “Mesmo previsto em lei esse fundo nunca foi viabilizado e não há definição dos valores para atender o setor.”

O deputado Ismael informou que a comissão vai encaminhar um documento aos gestores da área da Segurança Pública pedindo o restabelecimento de uma sala para o Conen, mais funcionários e condições de trabalho ao órgão. “Vamos pedir que o governo tenha um olhar mais atencioso, mais carinhoso e mais pontual às demandas do Conen, que tem o papel de fiscalizar todas as comunidades terapêuticas e não está tendo apoio logístico para isso.”

Fonte: Agência ALESC

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