Além de um direito de toda a população, as eleições são também uma oportunidade econômica para os brasileiros. Assim que a votação teve início no Instituto Estadual de Educação (IEE) os ambulantes já estavam com seus carrinhos repletos de lanches, doces, salgadinhos e até churrasco à disposição dos eleitores, aceitando pagamento em dinheiro, pix ou cartão de crédito.
Vanessa Michquinis Perfeito, 24 anos, era uma das comerciantes a postos na frente do portão de entrada da escola. “É a quarta eleição que trabalho aqui”, afirmou. Enquanto vendia o primeiro pé-de-moleque do dia, ela contou que sempre o movimento é muito bom. “A gente vem desde a quarta-feira se preparando, produzindo tudo”, explicou.
A família dela investiu para este ano e está presente em seis locais de votação. “Acho que esse ano é especial, por que a movimentação entre os dois lados está sendo muito grande. Então acreditamos que vamos vender mais”, citou. Na média, um dia de eleição rende cerca de duas semanas de trabalho em outros períodos do ano.
Vanessa só sairá do local ao meio-dia, quando o pai vem substituí-la. “É o horário que vou para São José, onde voto”, relatou. Mas em seguida a jovem retorna para o IEE, onde ficará pelo menos até às 17h, aguardando até o último eleitor. E ainda há os mesários que trabalham na eleição. Segundo ela, alguns conseguem sair ao longo do dia para comprar algo. Mas, no final da tarde, a fome é maior.
Fonte: Agência ALESC