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Secretaria apresenta ações de enfrentamento à crise das UTIs


Diagnosticado com o vírus Influenza A, o secretário de Estado da Saúde, Aldo Batista Neto, participou de modo remoto da audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (21) para discutir a falta de leitos de UTI para recém-nascidos e crianças na rede pública estadual. No evento, ele e outros representantes da pasta apresentaram ações para buscar uma solução para resolver o problema.

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Segundo ele, as perguntas feitas por parlamentares e entidades médicas têm resposta. Sobre a saída dos pediatras das unidades básicas de saúde, Neto explicou que é algo que faz parte da estratégia desenvolvida pelo Ministério da Saúde, que mudou a política pública.

“Concordo que é um caso crônico o número de leitos, ainda que estejamos muito próximos dos números preconizados pelo ministério. Mas precisamos sim de um movimento emergencial. Sobre a pergunta do deputado Bruno Souza (Novo) em relação a uma falta de pedido ao ministério [por mais leitos], os 82 [existentes] nos hospitais parceiros serão mantidos pelo governo do Estado até o fim do ano, para que possamos solicitar as habilitações”, relatou.

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Carmen Regina Delziovo, superintendente de Planejamento em Saúde, argumentou que os leitos desativados foram “consequência da melhora de cobertura vacinal, de atenção à saúde da criança”, que teriam gerado uma redução no número de internações clínicas de pediatria. “As UTIs têm atendido à necessidade com exceção do momento atual”, disse.

Estratégia
Ainda de acordo com a superintendente, a estratégia do governo do Estado para os próximos meses é ampliar os leitos de UTI pediátrica e neonatal, incluindo estrutura de novos leitos em hospitais filantrópicos ou municipais. Segundo ela, serão repassados recursos estaduais para a aquisição de equipamentos e materiais específicos.

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O custeio – mediante convênio – dos novos leitos terá valor de R$ 2 mil por dia independente de ocupação. Também deve ser realizado um repasse de recursos para cofinanciar emergencialmente a ampliação de atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento sob gestão municipal.

O valor total é de R$ 160 mil para 64 unidades. O governo vai cofinanciar ainda a ampliação do horário de atendimento das unidades básicas na atenção primária. A escala de recursos é de R$ 20 mil para cidades com até 20 mil habitantes; R$ 40 mil para as de 20.001 até 70 mil habitantes; R$ 70 mil para municípios com 70.001 a 100 mil habitantes; 200 mil para aqueles que têm entre 100.001 a 400 mil habitantes e R$ 200 mil para os que contem com mais de de 400.001 habitantes.

Também falou pela Secretaria de Estado da Saúde o superintendente de Vigilância em Saúde,
Eduardo Macário. De acordo com ele, a pandemia gerou mais dificuldades para a realização de exames pré-natais e para a identificação de gestantes de alto risco.

“Todo o planejamento ficou prejudicado. E estamos vivenciando nova onda de infecção de Covid-19, que pode ser motivada por novas variantes. As pessoas acham que são menos letais, mas têm acometido as pessoas de modos diferentes com Covid longas e nas populações mais vulneráveis. É fundamental a aplicação das doses de reforço, pois estamos começando a detectar novas variantes”, recomendou.

Além disso, Macário justificou que o Estado tinha uma média de 83 internações semanais de crianças de 0 a 4 anos de idade com síndromes respiratórias agudas graves. “Entre fim de abril e início de maio houve um aumento de 40% nesta taxa, passando para 117 internações semanais”, explicou.

Entre as várias consequências da Covid para a saúde materna, atestou, passaram a ocorrer o nascimento de crianças prematuras. “De janeiro a maio, tivemos 2.048 solicitações para atendimento de crianças prematuras e com baixo peso, além de tratamento de transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período neonatal, relacionados com a duração da gestação e o crescimento fetal, outros transtornos ligados ao período perinatal e outras doenças do aparelho respiratório. Além de 569 solicitações por influenza, gripe e outros vírus”, contou.

Sobre a morte de duas crianças que aguardavam atendimento, a secretaria não reconheceu que o motivo seria a falta de UTIs. O superintendente, por outro lado, disse que Santa Catarina é o segundo estado do Brasil com a menor frequência de óbitos de recém-nascidos e no número de mortes maternas. “Mas em países vizinhos como o Uruguai e Chile isso é menor, então há problemas a serem enfrentados”, reconheceu.

Ao final da audiência, o deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) considerou que a sugestão de maior participação de representantes das entidades médicas no conselho de crise da Secretaria é uma boa contribuição. “Não há aqui espírito de caça às bruxas, mas um conjunto de entidades que deseja contribuir. Mas responsabilidades têm que ser assumidas.”

O presidente da Comissão de Saúde da Alesc, deputado Neodi Saretta (PT), concluiu o evento assegurando que todos os questionamentos dos participantes serão repassados à secretaria. “Se for o caso, poderemos fazer nova audiência pública, algo que a secretaria já se colocou à disposição a fazer. O fundamental é que tenha encaminhamentos para resolver a questão”, explicou.

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Redação SC Hoje
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