Instituído nesta quarta-feira, 06, o Centro Integrado de Enfrentamento à Dengue definiu, na sua primeira reunião, uma série de iniciativas para prevenção da doença no Oeste de Santa Catarina. Entre as recomendações estão a periodicidade dos encontros entre os integrantes e a divisão das responsabilidades. Na ocasião, o secretário de Estado da Saúde e prefeitos e secretários das cidades em condição de epidemia pactuaram ações a serem intensificadas pelos municípios, como controle vetorial, o manejo clínico e a vigilância dos casos suspeitos.
“É de fundamental importância neste momento a adoção de medidas preventivas para estancar a proliferação do vetor, por isso a criação de salas de situação e a recomendação de decreto de situação de emergência nos municípios que se encontram em epidemia. Além disso, é preciso construir uma força-tarefa robusta na contenção da dengue no estado”, destaca o secretário interino de Estado da Saúde, Alexandre Lencina Fagundes.
A partir de agora, os integrantes do Centro Integrado se reunirão semanalmente. Ficou acordado que os municípios serão responsáveis por implementar e operacionalizar as ações discutidas, reportando os dados e as dificuldades para o Centro Integrado. “O principal objetivo neste momento é diminuir a velocidade da transmissão e evitar mais óbitos por dengue”, explica João Augusto Brancher Fuck, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC).
Cenário epidemiológico
Desde o início do ano, Santa Catarina vem registrando um aumento expressivo nos casos de dengue. Todas as sextas-feiras, um boletim epidemiológico é divulgado pela DIVE, apresentando o cenário estadual da doença.
“Os dados do boletim utilizam as informações oficiais inseridas no sistema de informação. Assim, é importante que os municípios insiram nesse sistema os dados dos casos suspeitos e confirmados. Até agora, o estado já registra 16 municípios em epidemia de dengue e a transmissão da doença é registrada em 51 municípios ”, alerta Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Diretoria.
Foram registrados até agora 5.478 casos de dengue em SC, sendo que 4.156 (76%) são autóctones, ou seja, a infecção ocorreu no território catarinense. No total, já foram confirmados oito óbitos pela doença e nove permanecem em investigação pelas Secretarias Municipais de Saúde, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde.
Os 8 óbitos por dengue confirmados em 2022 residiam em:
- Criciúma (01 – importado)
- Brusque (01)
- Caibi (01)
- Chapecó (02)
- Itá (01)
- Romelândia (01)
- Xanxerê (01)
Os 9 casos em investigação:
- Ascurra (01)
- Blumenau (01)
- Chapecó (01)
- Guaraciaba (01)
- Joinville (01)
- Maravilha (01)
- Palmitos (01)
- Seara (02)
Sinais e sintomas
A transmissão da dengue acontece durante a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com vírus. Após a picada, os sintomas podem surgir entre quatro a 10 dias.
A primeira manifestação da dengue, normalmente, é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.
Ao apresentar sinais e sintomas, deve-se procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro.
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Representação
Participaram do encontro diversos setores do Governo do Estado, autoridades e representantes dos municípios: coordenadores da Comissão Intergestores Regional (CIR) Oeste, Extremo Oeste e Xanxerê; gerentes Regionais de Saúde e equipes técnicas das Gerências de São Miguel do Oeste, Chapecó, Xanxerê e Concórdia; Defesa Civil; Gerência Regional de Educação; representantes dos municípios de Chapecó e Concórdia; Corpo de Bombeiros; Rotary e representantes dos hospitais de Xanxerê e Chapecó.
Mais informações para a imprensa:
Jaqueline Richter
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