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Plenário aprova projeto que proíbe corrida de cães em SC


Nove projetos de lei (PLs), todos de origem parlamentar, foram aprovados pelos deputados na tarde desta quarta-feira (15). As matérias seguem para análise do governador Carlos Moisés da Silva (sem partido).

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O destaque das votações foi a aprovação por unanimidade do PL 339/2021, proposto pelo deputado Marcius Machado (PL) e assinado por vários parlamentares. Conforme a ementa, a proposição altera o Código Estadual de Proteção dos Animais para explicitar a proibição da realização de corrida de cães e do abandono de animais domésticos em Santa Catarina. Em agosto, outra iniciativa, também de autoria de Marcius e com o mesmo objetivo, foi rejeitada pelo Plenário da Assembleia.

A votação desta quarta foi acompanhada por ativistas da causa animal de várias cidades do estado. O autor do PL afirmou que a proposta tipifica a corrida de cães como um crime, além de estabelecer multa para esse tipo de ocorrência.

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“Uns dizem que é perda de tempo, mas cada um tem um foco para a sociedade, e nós da causa animal queremos sim que eles sejam respeitados, como ser sencientes que são”, afirmou Marcius. “Com esse projeto, vamos dar um basta à corrida de cães e daremos um respaldo para os ativistas da defesa dos animais.”

O parlamentar lembrou que a prática é proibida em países vizinhos, como a Argentina e o Uruguai. No Rio Grande do Sul, as corridas foram proibidas por meio de decreto do governador Eduardo Leite (PSDB).

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Deputados se manifestaram favoráveis ao projeto de lei. “Estamos falando de respeito, de dignidade”, disse Paulinha (sem partido). “As corridas são algo violento e nocivo, que não têm a ver com Santa Catarina. Se queremos um estado mais integro e justo, precisamos do respeito com os animais”, completou a deputada.

Fernando Krelling (MDB), Ada de Luca (MDB) e João Amin (PP) destacaram a importância da matéria, porém criticaram publicações em redes sociais nas quais ativistas afirmaram que deputados seriam favoráveis às corridas de cães. “Criaram fake news, de que somos a favor dos maus-tratos com animais. Ninguém em sã consciência é favorável”, disse Krelling. “Recebi muitas mensagens como se fosse a favor da corrida de cães. Distorcem as coisas”, acrescentou Ada.

Jessé Lopes (PSL) afirmou que a corrida de cães, em si, não pode ser considerada mau-trato. “O que dizem é que em decorrência das corridas, as pessoas maltratam seus animais. E maus-tratos já é crime”, ponderou o deputado, que disse temer pelo extremismo. “Depois, vão querer proibir coisas culturais.”

Bruno Souza (Novo) explicou que muitos deputados ficaram confusos quando votaram o projeto que foi rejeitado em agosto. “Houve muito ruído. As corridas de cães já são proibidas”, disse.

Corte da Spathodea Campanulata
Outra proposta aprovada nesta quarta possibilita o corte da Spathodea Campanulata, também conhecida como Espatódea, Bisnagueira, Tulipeira-do-Gabão, Xixi-de-Macaco ou Chama-da-Floresta. O PL 279/2020, do deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), altera a legislação de 2019 que proíbe a produção de mudas e o plantio dessa espécie exótica.

“Esse projeto aperfeiçoa a lei que já existe para permitir a erradicação dessa espécie. É uma árvore exótica, que é letal para inúmeras espécies de abelhas”, disse Dr. Vicente.

A iniciativa recebeu o apoio dos deputados Ivan Naatz (PL), Sargento Lima (PL) e Padre Pedro Baldissera (PT), que ressaltou a ameaça do desaparecimento as abelhas para a sobrevivência da espécie humana.

Educação
Por unanimidade, foi aprovado o PL 145/2021, do deputado Ismael dos Santos (PSD), que dispõe sobre o Programa Time da Defesa, de ação interdisciplinar, com o objetivo de prevenir e refutar qualquer tipo de violência escolar e doméstica, abuso sexual e o uso de drogas nas escolas estaduais da rede pública. O autor ressaltou que o projeto não cria despesas, nem novas estruturas dentro das escolas. “É uma iniciativa para movimentar a comunidade escolar para temos uma cruzada contra a violência e o uso de drogas.”

Foi aprovado, ainda, o PL 135/2021, do deputado Jair Miotto (PSC), que implementa o Diploma Digital em Santa Catarina. A iniciativa visa dar mais segurança na emissão dos diplomas, que terão o mesmo valor que o diploma impresso.

Descarte de remédios
Por maioria, o Plenário aprovou o PL 78/2019, do deputado Kennedy Nunes (PTB), que dispõe sobre a logística reversa de medicamentos. A proposta define as responsabilidades para a destinação correta dos remédios, de uso humano ou animal, que não foram utilizados, estejam impróprios para o consumo ou tenham o prazo de validade vencido.

Os demais projetos aprovados nesta quarta estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência da Alesc.

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Redação SC Hoje
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