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Alunos de escola de Itajaí gravam curta-metragem sobre desperdício de alimentos


Alunos dos 5º anos da Escola Básica Judith Duarte de Oliveira gravaram um curta-metragem sobre desperdício de alimentos. A iniciativa da professora Patrícia Regina Wanderlinde Alves surgiu após observar que essa situação ocorria na merenda e lanche escolares. O objetivo foi debater o assunto com os 47 estudantes, promover conhecimentos e estimular práticas sustentáveis. A ideia também saiu dos muros da unidade com uma campanha de conscientização e arrecadação de alimentos nos comércios e residências.

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O curta-metragem integra o projeto Tempo Esgotado para o Desperdício de Alimentos e aborda, entre outros aspectos, o agravamento da fome no mundo em decorrência da pandemia de Covid-19. O material traz ainda outra situação: enquanto milhões de pessoas passam fome, quase um terço de todos os alimentos produzidos no mundo anualmente, aproximadamente 930 milhões de toneladas, vão parar no lixo. Além do curta, os alunos produziram palestras educativas sobre o tema.

“Ao trabalhar esse projeto busquei conectar a aprendizagem dos alunos a outras áreas do conhecimento, promovendo a formação integral e buscando, não somente o desenvolvimento intelectual, mas também social, físico, emocional e cultural, compreendidos como fundamentais para uma total construção do saber. Também busquei sempre levá-los a pensarem além dos limites da sala de aula”, destaca a professora idealizadora do projeto, Patrícia Regina Wanderlinde Alves.

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Além dos limites da sala de aula

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Após a produção dos vídeos, o projeto ultrapassou os muros da Escola Básica Professora Judith Duarte de Oliveira, do bairro Itaipava. A professora responsável confeccionou 2.500 folders para distribuir na comunidade pelos alunos e 100 cartazes para ser fixados em ônibus de Itajaí e em pontos comerciais. No final desta matéria, é possível fazer o download do folder.

“O projeto não só atingiu seu objetivo de levar o aluno a avaliar o consumo de alimentos, adotando melhores práticas para reduzir o desperdício, como transformou o ambiente da minha sala de aula e as experiências de aprendizado dos meus alunos para melhor. Eu pude contribuir para que eles acreditassem em si mesmos, aprimorassem suas habilidades de liderança, desenvolvessem suas habilidades de pensamento crítico com experiências colaborativas poderosas, fazendo com que tivessem sua própria aprendizagem, ajudando-os a descobrirem um potencial muito além do que eles viam em si mesmos”, enfatiza a professora.

Campanha permanente de doação de alimentos

Após compreenderem a importância de evitar o desperdício dos alimentos, os alunos deram outro passo importante: o de colocar comida nas mesas das famílias menos favorecidas. Foi aí que surgiu a campanha de arrecadação de alimentos. Até agora mais de 500 quilos já foram arrecadados e distribuídos para moradores do bairro Itaipava. Para a professora Patrícia, essa é só a primeira etapa de um projeto que será contínuo na unidade escolar.

“A fome não é uma vez ao ano, por isso o nosso projeto não se dá por encerrado. Vamos dar continuidade nos próximos anos, com as novas turmas, até porque a fome não espera. São pequenos gestos que fazem toda diferença e eu fico muito feliz ao ver os meus alunos sensibilizados com essa causa e por terem entendido o sentido de tudo isso”, finaliza a professora Patrícia Regina Wanderlinde Alves. 

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Redação SC Hoje
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