“Já ultrapassamos a fase da compaixão com os animais. Agora exigimos respeito”. Essa frase impactante deu o tom da primeira reunião que buscou definir regras claras e efetivas para a adoção de uma política pública em benefício dos animais em Santa Catarina. E o desafio é grande, admite a deputada Paulinha (sem partido).
“Pois, existem leis voltadas para os animais em Santa Catarina, no entanto, os avanços ainda são tímidos”, avaliou a parlamentar, citando como um avanço o fim da farra do boi no Estado.
Liderada pela deputada Paulinha, a reunião contou com 60 participantes, entre ativistas, protetores, vereadores e lideranças envolvidas pela causa animal. A participação foi presencial, mas também virtual pelas redes sociais da parlamentar.
Entre os encaminhamentos da primeira reunião de estruturação da política animal, a proposta apresentada para governador Carlos Moisés deve comportar a criação de uma diretoria ou de uma gerência que cuide especificamente da causa no estado. Também vão apoiar a criação de um Fórum Permanente de Proteção Animal na Fecam (Federação Catarinense dos Municípios), proposta da vereadora de Florianópolis, Pri Fernandes (Podemos), que conta com apoio de 30 municípios.
Para ela, o momento é de debater um amplo programa para a causa animal em Santa Catarina. “Nosso Estado está vivendo um momento pujante e de robustez econômica e temos um governador sensível à causa. Ele ama a causa animal, tem sensibilidade emocional para discutir essa pauta”, disse Paulinha, que calcula que até final de novembro deste ano já tenha definido um plano de ação efetivo para a causa animal.
Ainda foi feito um relato das ações desenvolvidas em favor da causa animal e um alerta sobre a preocupação de que propostas não saiam do papel, lembrando que em 2003 foi instituído o Código Estadual de Proteção aos Animais e de lá para cá várias leis foram criadas, mas muitas não conseguiram ser aplicadas por falta de recursos financeiros.
Para ela, essa reunião de trabalho busca dar o primeiro passo para criar um ambiente de diálogo com o governo do Estado, apresentando um diagnóstico sério e efetivo da causa animal em todos os 295 municípios. “Fundamental os municípios aderirem a esse plano. Sem o apoio do poder executivo municipal o avanço não existe”, avalia.
Entre os participantes, a vereadora Sorilei Aparecida Thiele Dapper, de Navegantes, o presidente do Instituto Ambiental Ecosul, integrante do grupo especial de defesa dos animais do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) e do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Halem Guerra, a ativista da causa animal, Karine Kiatkoski, e o professor Clóvis Improta.
Valquiria Guimarães
Assessoria de Comunicação
Deputada Paulinha
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