Em 20 anos, o setor pesqueiro catarinense pode contabilizar perdas de mais de R$ 50 bilhões caso seja permitida a exploração de petróleo e gás no litoral de Santa Catarina. Essa informação foi repassada pela coordenadora da Frente Parlamentar Ambientalista, deputada Paulinha (sem partido), que está engajada efetivamente no movimento #MarSemPetróleo, em prol do litoral catarinense.
A parlamentar está preocupada com os impactos que a 17ª rodada do leilão promovido pela Agência Nacional de Petróleo vai trazer para a economia da pesca e do turismo de Santa Catarina.
Essa informação chegou às mãos da parlamentar pelos representantes do setor da pesca em Santa Catarina, entre eles o Sindipesca, Sindipi, Sintrapesc. “Em contrapartida, a expectativa econômica com este tipo de exploração para a economia catarinense é de R$ 20 bilhões em 20 anos”, disse.
Para Paulinha, as perdas para o setor da pesca e do turismo catarinense serão irreparáveis. “Defendo uma visão ambientalista sustentável. A pauta ambiental é uma bandeira de todos nós, enquanto sociedade civil.”
Ela comentou ainda que houve avanços no sentido do engajamento popular com esta pauta.
Citou por exemplo a adesão de 81 vereadores, destes 30 municípios litorâneos que serão impactados ao processo judicial movido pelo Instituto Arayara contra a realização do Leilão no dia 7 de outubro.
Paulinha foi taxativa ao afirmar que é importante a mobilização de todos para salvar o litoral catarinense até esta data. A parlamentar informou ainda que 250 mil pessoas por dia acessam as redes sociais dessa pauta em busca de informações e conhecimento.
Para ela, Santa Catarina tem até o dia 7 de outubro para salvar o seu litoral.
Ainda, a parlamentar é taxativa ao afirmar convictamente que a economia de Santa Catarina corre riscos imensuráveis com a possibilidade de exploração de petróleo no litoral. “Nosso mapa pesqueiro é o mesmo mapa desenhado pela extração petrolífera. Corremos o risco de não termos mais a pesca da tainha, de não termos mais o turismo em nosso litoral, enfim os prejuízos serão incalculáveis.”
Em 5 de agosto, ela coordenou a audiência pública, que discutiu “Os impactos econômicos e socioambientais da exploração de petróleo no litoral catarinense”. Entre os encaminhamentos está o abaixo assinado virtual #MarSemPetróleo, que está ganhando engajamento nas redes sociais.
Para votar e se engajar, basta acessar o link http://chng.it/mvbMdsnt.
Encaminhamentos
Paulinha pontuou ainda as outras iniciativas que buscam garantir apoio ao tema no Estado.
Citou o lançamento da carta aberta de Florianópolis, um verdadeiro manifesto público para sensibilizar e apelar ao governo federal e à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis para a realização de uma audiência pública, com devida amplitude no âmbito nacional que o tema carece, com a participação dos representantes dos estados envolvidos e, de quebra, a suspensão imediata da 17ª rodada da ANP até que sejam conclusos todos os estudos técnicos referentes ao tema foi o resultado efetivo de mais de duas horas de intenso e esclarecedor debate a respeito dos impactos da exploração de petróleo no litoral catarinense.
“Buscamos ainda o envolvimento efetivo dos órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e no Ministério Público Federal (MPF)”, disse a deputada Paulinha.
“Apelamos para que o MPSC e o MPF acompanhem a ação judicial que pede o cancelamento do leilão até que as etapas legais sejam cumpridas.”
E mais um dado preocupante se soma aos impactos se a exploração de petróleo e gás virar uma realidade no litoral catarinense. Cerca de 300 mil pessoas podem perder seus empregos caso isso venha a acontecer.
Valquiria Guimarães
Assessoria de Comunicação
Deputada Paulinha
048 991047676