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Câmara aprova projeto que municipaliza regras sobre margens de rios

A Câmara dos Deputados concluiu hoje (26) a votação do Projeto de Lei (PL) 2510/19 que torna competência dos municípios a regulamentação da ocupação do entorno de rios em áreas urbanas. O projeto agora segue para análise do Senado.Notícias de Santa Catarina - SC HOJE NewsNotícias de Santa Catarina - SC HOJE News

Atualmente, o Código Florestal fixa faixas marginais que variam de 30 a 500 metros conforme a largura dos rios, considerando-as áreas de preservação permanente (APP). O texto-base da proposta, aprovado ontem (25), diz que caberá ao município, por meio de lei municipal, definir a amplitude da faixa de ocupação.

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De acordo com o texto, a legislação municipal poderá estabelecer faixas diferentes nas áreas urbanas consolidadas. Essas áreas são aquelas incluídas no perímetro urbano do município, organizadas em lotes, que apresentam construções residenciais, comerciais ou industriais e que dispõem de sistema viário implantado.

A alteração nas faixas de ocupação poderá ser feita após o município ouvir os conselhos estaduais, municipais ou distrital de meio ambiente e levando em consideração regras que estabeleçam a não ocupação de áreas de risco de desastres.

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As normas deverão ainda observar as diretrizes do plano de recursos hídricos, do plano de bacia, do plano de drenagem ou do plano de saneamento básico, se houver.

O texto permite ainda a permanência da ocupação de imóveis já existentes até o dia 28 de abril de 2021, nas faixas marginais definidas em lei municipal ou distrital. Nesses casos, os proprietários deverão realizar compensação ambiental determinada pelo órgão municipal competente.

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Já nos casos de utilidade pública ou de interesse social, a compensação ambiental poderá ser feita de forma coletiva.

Na votação desta quinta-feira, o plenário rejeitou cinco emendas de deputados da oposição que queriam preservar faixas mínimas de proteção, restaurar a vegetação nativa ou alterar a data-limite de regularização de casas para maio de 2012, quando o Código Florestal entrou em vigor.

O deputado Ivan Valente (Psol-SP) criticou a proposta e disse que o projeto altera a legislação ambiental para favorecer a especulação imobiliária.

“A pressão do poder econômico por áreas valorizadas é enorme e pode provocar desastres ambientais com enchentes”, criticou.

Já o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) disse que o projeto vai levar o debate sobre a ocupação dessas áreas para os cidadãos que serão afetados com a mudança. “Os vereadores e prefeitos terão a responsabilidade de levar o debate para as comunidades e os bairros”, disse.

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Redação SC Hoje
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